Casa de chefe do tráfico no Rio é comparada a resort pela polícia
Luxuosa mansão do traficante Peixão impressiona pelas regalias em área dominada pelo crime
A Operação Êxodo, realizada pela Polícia Civil nesta quinta, 10, revelou o estilo de vida luxuoso do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, chefe do Terceiro Comando Puro. Durante a operação, que tinha como alvo o Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio, agentes encontraram duas casas de Peixão, uma em Parada de Lucas e outra em Vigário Geral, repletas de itens que impressionaram até mesmo os policiais.
Uma das residências, localizada em Parada de Lucas, possuía lago artificial com carpas, academia de ginástica com equipamentos modernos, piscina e área de lazer com churrasqueira. As autoridades compararam a mansão a um resort, dada a suntuosidade dos espaços. “Uma casa que poderia ser equivalente a um resort na Região Sul Fluminense”, descreveu o delegado Fábio Asty, responsável pela investigação.
Peixão, que acumula 35 anotações criminais, conseguiu fugir antes da chegada dos policiais. No entanto, oito suspeitos foram presos, e a polícia cumpriu 15 mandados de prisão e oito de busca e apreensão.
O criminoso ganhou notoriedade ao rebatizar, em 2020, a área dominada como “Complexo de Israel”, espalhando símbolos da Estrela de Davi, usados por vertentes evangélicas, e expulsando seguidores de religiões de matriz africana.
Além de liderar o tráfico, Peixão é apontado como mandante de homicídios, torturas e invasões de territórios rivais. A operação visa desarticular sua quadrilha, envolvida em roubos de carga e tráfico de drogas.
Mesmo com a fuga do traficante, a polícia segue na busca por Peixão e seu grupo, que impõe terror na região dominada. A ostentação encontrada em suas casas contrasta com a realidade precária da comunidade que ele controla.
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