Cartel e políticos: o casamento perfeito no petrolão
Na nova denúncia contra a Odebrecht, feita na sexta-feira, os investigadores da Lava Jato têm por base anotações de Márcio Faria, homem de confiança de Marcelo Odebrecht, também preso em Curitiba. Elas fazem referência, "em linguagem cifrada", à formação de cartel para ganhar contratos na Petrobras e combinar encontros do "Clube do Bilhão"...
Na nova denúncia contra a Odebrecht, feita na sexta-feira, os investigadores da Lava Jato têm por base anotações de Márcio Faria, homem de confiança de Marcelo Odebrecht, também preso em Curitiba. Elas fazem referência, “em linguagem cifrada”, à formação de cartel para ganhar contratos na Petrobras e combinar encontros do “Clube do Bilhão”.
“A forma encontrada pelas empreiteiras do clube de tornar o cartel ainda mais eficiente foi a corrupção de diretores e empregados do alto escalão da Petrobras, oferecendo-lhes vantagens indevidas (propina) para que estes não só se omitissem na adoção de providências contra o funcionamento do “clube”, como também para que estivessem à disposição sempre que fosse necessário para garantir que o interesse das cartelizadas fosse atingido”, afirma a denúncia, obtida pelo Estadão.
Enfatize-se que a formação de cartel não descarta ou atenua a responsabilidade dos políticos envolvidos no petrolão. Na verdade, acentua. Os interesses escusos de todas as partes casaram-se à perfeição.
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