Cármen Lúcia: “O momento cobra decoro, a República demanda compostura”
Durante a posse de Rosa Weber como presidente do STF, a ministra Cármen Lúcia afirmou que o momento atual exige equilíbrio, respeito aos poderes e às instituições, em um recado direto ao presidente Jair Bolsonaro...
Durante a posse de Rosa Weber como presidente do STF, a ministra Cármen Lúcia afirmou que o momento atual exige equilíbrio, respeito aos poderes e às instituições e deu vários recados ao presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
O chefe do Poder Executivo não participou da solenidade de posse da nova presidente do STF, mas participaram da solenidade ministros como o da Justiça, Anderson Torres, e o chefe da AGU, Bruno Bianco.
Essa foi a primeira vez que o chefe de Poder Executivo faltou à posse de um presidente do STF desde 1993.
“Os tempos são de tumulto e de desassossego no mundo e não muito diferente disso no brasil. Por isso, tanto mais é necessária a presença de pessoas com as extraordinárias qualidades de vossa excelência, de decência, de prudência e de solidez de posições, combinada com especial trato”, disse Lúcia em referência à nova presidente do STF.
“O momento cobra decoro, a República demanda compostura, tudo que vossa excelência tem para servir de exemplo em tempos de desvalores muitas vezes incompreensíveis. Não são aceitáveis comportamentos nem sentimentos que agridem os princípios civilizatórios de respeito às igualdades e às diferenças”, acrescentou a ministra, sem citar nominalmente o presidente da República, Jair Bolsonaro, que é conhecido por agredir adversários.
“Não se promove a democracia com comportamento desmoralizantes de pessoas e de instituições. A construção de espaços de liberdades não se compadecem com desregramentos nem com excessos”, declarou Cármen Lúcia, que falou em nome do Supremo Tribunal Federal.
“Não se há de permitir seja a sociedade brasileira sequestrada de seus objetivos democráticos por invencionice aproveitadora que desorganiza valores, ideias e práticas, para o benefício de pessoas e de grupos, ao invés de se garantir a decência, a impessoalidade e a juridicidade que devem formar as instituições republicanas”, afirmou a ministra.
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