A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou o pedido da defesa do segundo-sargento Luis Marcos dos Reis e autorizou o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro a se manter em silêncio durante depoimento na CPMI que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O depoimento de Reis, convocado na condição de testemunha, está marcado para a próxima quinta-feira (24). Como testemunha, ele é obrigado a comparecer à comissão.

A defesa entrou com um pedido de habeas corpus junto ao Supremo para que Reis não fosse obrigado a ir à CPMI sob a justificativa de que a convocação tem características de condição de investigado, o desobrigaria a ir ao compromissão devido ao direito de não se autoincriminar.

De acordo com um relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Luis Marcos movimentou cerca de R$ 3,3 milhões entre fevereiro do ano passado e maio deste ano, cujo destinatário era o ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.