Ao contrário de outros líderes partidários, sem muita disposição para falar do assunto, o presidente do PDT Carlos Lupi (foto) não hesitou em comentar a filiação de Sergio Moro ao Podemos – prelúdio de uma candidatura à presidência.

“O fato de Moro entrar no jogo não muda os planos do PDT e não afeta a candidatura do Ciro Gomes”, diz Lupi. “Afeta a candidatura do Bolsonaro. Os dois conversam com o eleitorado conservador, e o Moro pode atrair aquele grupo mais elitista que votou no Bolsonaro e hoje se sente traído.”

O pedetista tratou a candidatura de Moro como “uma a mais”. Segundo ele, as eleições de 2022 estão ficando com a cara das eleições de 1989, as primeiras eleições diretas depois da ditadura militar, quando houve um grande número de candidatos.

Lupi tem uma teoria. “Vai ter um monte de gente brigando pelo mesmo eleitorado de direita e centro-direita”, diz ele. Ele assegura que é Ciro Gomes quem vai sobreviver à barafunda e passar para o segundo turno. Como não poderia deixar de ser.

Na pesquisa da Quest divulgada nesta quarta-feira, Sergio Moro tem 8% de intenção de voto. Ciro Gomes tem 6%.