Carlos Fernando: “sítios não podem ser enquadrados como escritórios de advocacia”
O ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que atuou na Lava Jato, disse à CNN Brasil que sítios como o de Frederick Wassef "não podem ser enquadrados como escritórios de advocacia"...
O ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que atuou na Lava Jato e é colunista da Crusoé, disse à CNN Brasil que sítios como o de Frederick Wassef “não podem ser enquadrados como escritórios de advocacia”.
“Não me parece que sítios se enquadram” na proteção legal sobre escritórios, disse Carlos Fernando. “Neste caso poderia ser até um artifício por parte do advogado”.
“Não creio que haja impedimento para busca e apreensão no local”, acrescentou. Do contrário, disse, vários imóveis poderiam ser declarados como escritórios para criar “bunkers de guarda de documentos”.
Carlos Fernando também disse que a presença de Queiroz no sítio de Frederick Wassef é um sinal de que Flávio Bolsonaro estava preocupado.
“Este fato é apenas um indicativo de quanto a defesa de Flávio Bolsonaro está de alguma forma preocupada com Queiroz e com o seu depoimento”.
Lima lembrou que, como Queiroz não é cliente de Wassef, “pode haver conflito entre as defesas de Queiroz e de Flávio Bolsonaro, é perfeitamente possível que isso aconteça”.
“Você estar sob as asas, sob a guarda, de um dos advogados de uma das partes, ela é sintomática”, disse o ex-procurador. “Pode significar uma tentativa de controlar, de não permitir que ela venha a fazer movimentos indesejáveis”.
E acrescentou: “Queiroz deve pensar bem em termos de fazer uma colaboração o mais rápido possível”.
“Estar no sítio do advogado de uma das partes envolvidas é bastante sintomático. Fica claro que há um interesse da defesa de Bolsonaro, de Flávio Bolsonaro, de defender, de proteger Queiroz. E esta preocupação é um indício de que as investigações estão no caminho certo. Prender Queiroz hoje era uma medida necessária”.
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