Candidato a PGR diz que membros do MPF não aceitarão indicação de procurador militar
Candidato a procurador-geral da República e presidente da associação dos membros do Ministério Público Federal, José Robalinho prevê uma rebelião no órgão caso Jair Bolsonaro escolha para a chefia do órgão um procurador de outros ramos do MP, como o Militar...
Candidato a procurador-geral da República e presidente da associação dos membros do Ministério Público Federal, José Robalinho prevê uma rebelião no órgão caso Jair Bolsonaro escolha para a chefia do órgão um procurador de outros ramos do MP, como o Militar.
Ele reagiu à declaração de ontem do advogado-geral da União, André Mendonça, que entende que a indicação para a PGR, em setembro, não está restrita aos procuradores do MPF.
Para Robalinho, a Constituição e a Lei Orgânica do MPU restringem a escolha aos procuradores da República, que são quadros do MPF.
“Respeito muito o advogado-geral da União, mas ele só pode ter por objetivo enfraquecer o MPF. Ninguém da carreira concorda com isso, como jamais aceitará esse tipo de interpretação. Se alguém de fora for nomeado, haverá paralisação completa do órgão”, alerta Robalinho.
Um dos candidatos de fora do MPF cotados é o procurador militar Jaime Miranda, que no início do ano enviou manifestações à Presidência e a parlamentares sobre a possibilidade de indicar alguém do Ministério Público Militar para a chefia da PGR.
“Tenho certeza absoluta que o presidente Jair Bolsonaro não cai nessa. Nem se o presidente quiser. Se nomear Jaime Miranda, haverá contestação no STF e ele não vai conseguir assumir. E vai ter paralisação. Ninguém na carreira jamais aceitará isso. Mas não cogitamos isso”, disse a O Antagonista.
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