Campos Neto: “Quero trazer inflação para baixo com menor custo possível”
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto), afirmou neste sábado (26) que os dados de inflação mais recentes pioraram...
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto), afirmou neste sábado (26) que os dados de inflação mais recentes pioraram no país. Disse ainda que, nas últimas duas semanas, a “barra do fiscal” subiu para todo mundo e não é diferente para o Brasil.
“Recentemente até tivemos um número de inflação um pouquinho pior, muito carregado em elementos voláteis”, disse durante o Fórum Esfera, evento com empresários e autoridades.
“Mas a gente não se comporta com dados de tempo real. Então, a gente olha isso como uma tendência.”
Segundo o presidente do BC, a definição de uma ancoragem fiscal pode contribuir para uma política de juros mais estável no Brasil.
“Se a gente tem uma convergência no fiscal, a gente também consegue ter uma convergência no monetário. Muito provavelmente você vai conseguir cair os juros de forma consistente e ele vai conseguir ficar mais baixo por mais tempo.”
Após comentar o esforço do governo para aprovar o marco fiscal, Campos Neto afirmou que iniciativas para reforçar o caminho são bem-vindas e citou como exemplo a reforma administrativa, que vem sendo defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Disse ainda que o Banco Central conseguiu fazer um “pouso suave” no processo de queda da inflação.
“Eu quero trazer a inflação para baixo com o menor custo possível para sociedade, com a menor queda do pib possível, com o menor desemprego possível e com o mínimo de ruptura no canal de crédito possível”, disse.
O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, subiu 0,28% em agosto, após apresentar uma variação negativa no mês anterior, segundo o IBGE. No ano, o indicador acumula alta de 3,38% e, em 12 meses, saltou de 3,19% da leitura anterior para 4,24% agora.
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