Campos Neto nega ter recebido convite de Tarcísio para ministério
Presidente do Banco Central disse que o governador de SP não é candidato no momento e afastou rumores sobre convite para atuar em um futuro governo
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto à esquerda), afirmou em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 27, em São Paulo, sua amizade com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos, foto à direita), e negou qualquer intenção de se envolver em cargos políticos. Ele também abordou críticas à sua gestão e falou sobre a política monetária do país.
Campos Neto destacou a proximidade com o governador paulista, mencionando que frequentemente discutem assuntos econômicos, assim como ele faz com outros agentes do mercado. No entanto, o presidente do BC negou que Tarcísio seja um candidato no momento e afastou rumores sobre convites para cargos no governo.
“Nunca tive nenhuma conversa com Tarcísio sobre ser ministro de nada. Eu nunca falei isso, nem o Tarcísio“, afirmou Campos Neto. “Sou muito amigo do Tarcísio. Na época em que ele era ministro da Infraestrutura, conversávamos muito. Continuamos falando sobre economia, como faço com vários outros agentes.“
Ausência de ambições políticas de Campos Neto e Tarcísio
Campos Neto deixou claro que não tem planos de se candidatar a cargos públicos e acredita que o mesmo se aplica a Tarcísio de Freitas. “Não tenho pretensão de me candidatar a nada, nem de ser político“, disse. “Minha percepção é de que o governador não é candidato agora.”
Além disso, ele enfatizou que Tarcísio tem uma equipe competente e não precisa de seus conselhos. “Ele está fazendo um trabalho tão bom. A última coisa que ele iria fazer é pedir um conselho para mim.“
Defesa da Gestão do Banco Central
Respondendo às críticas recentes do presidente Lula, que acusou Campos Neto de prejudicar a economia do país, o mandatário do BC defendeu a tecnicidade de sua gestão.
“O tempo vai dizer que o trabalho foi técnico“, afirmou Campos neto e completou “As análises feitas depois que eu deixar o cargo vão comprovar a tecnicidade de minha gestão na autoridade monetária.“
Perspectivas sobre a Política de Juros
Campos Neto também comentou sobre a política de juros, esclarecendo que a alta da Selic não é o cenário base do Banco Central. Ele ressaltou que a instituição permanece vigilante, mas prefere não dar orientações específicas sobre os próximos passos na condução da taxa de juros.
“Não é o cenário base (aumento de juros). Não houve intenção, em nenhum momento, na comunicação oficial de passar essa mensagem. A mensagem que quisemos passar é que preferimos não dar guidance, mas que seguimos vigilantes“, explicou Campos Neto
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