Campanha de Marçal atribui impulsionamento ilegal a complô
Levantamento encontrou pelo menos 30 conteúdos favoráveis ao candidato do PRTB promovidos por terceiros desde o início de setembro
A campanha do candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) atribuiu o impulsionamento de conteúdo por terceiros nas redes sociais a um complô interessado em tentar imputar sobre o ex-coach “todo tipo de irregularidades”.
“Já identificamos uma série de manobras sujas disfarçadas de ‘apoio’ a Marçal para tentar imputar sobre a nossa campanha todo tipo de irregularidade“, disse a campanha quando questionada sobre o tema pela Folha de S.Paulo.
“Não temos tempo de TV, não temos recursos financeiros, não temos palanque, mas temos o povo do nosso lado e isso está fazendo os desesperados apelarem para todo tipo de falcatrua para tentar nos derrubar. Mas eles já sabem que não vai ter segundo turno”, acrescentou.
O que dizem os conteúdos impulsionados?
Com base na biblioteca de anúncios da Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, o jornal encontrou pelo menos 30 conteúdos favoráveis ao ex-coach promovidos por terceiros desde o início de setembro.
Enquanto alguns anúncios são referentes à venda de bonés da campanha, com a inicial “M” de Marçal, outros prometem a entrega de kits de boné e camisa em troca do preenchimento de perguntas como “Qual sua opinião da suspensão das redes sociais de Pablo Marçal?” ou “Você irá votar em Pablo Marçal?”.
Assinados por “Equipe Pablo Marçal”, os anúncios impulsionados agradecem o preenchimento da pesquisa, redirecionando o respondente para um link com instruções para o resgate dos kits.
A campanha de Marçal nega a autoria do anúncio. A Meta não comentou o tema.
O “campeonato de cortes” de Marçal
Além do impulsionamento de conteúdo por terceiros, Marçal também é acusado de promover um “campeonato de cortes” nas redes sociais.
Em agosto, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, concedeu uma liminar solicitada pelo PSB, de Tabata Amaral, determinando a suspensão das contas do ex-coach nas redes sociais.
“Para coibir flagrante desequilíbrio na disputa eleitoral e estancar dano decorrente da perpetuação do ‘campeonato’, defiro o pedido de liminar, sob pena de imposição de multa diária no valor de R$ 10 mil”, afirmou o juiz em sua decisão.
Com a liminar, foram suspensos os perfis no Instagram, YouTube, TikTok e o site da campanha.
Marçal também foi proibido de monetizar os “cortadores” de seus conteúdos com a vinculação de Pablo Marçal como candidato a prefeito de São Paulo.
Os cortes são trechos de entrevistas, debates e outras participações do candidato publicados nas redes sociais. Marçal é conhecido por promover “competições” de cortes com a remuneração de seguidores.
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