Câmara pode votar hoje medida sobre rotativo do cartão de crédito
Os investidores acompanham com atenção as movimentações no Congresso Nacional em torno da votação sobre um limite para o rotativo do cartão de crédito. A Câmara dos Deputados aprovou ontem a urgência do PL...
Os investidores acompanham com atenção as movimentações no Congresso Nacional em torno da votação sobre um limite para o rotativo do cartão de crédito. A Câmara dos Deputados aprovou ontem a urgência do PL (Projeto de Lei) do Desenrola, e a expectativa é que a medida seja apreciada ainda hoje. No texto, está também uma proposta para a definição de um teto para os juros cobrados para que não consegue honrar a fatura do cartão de crédito em dia.
O juros, para o chamado rotativo do cartão de crédito, está próximo a 450% ao ano, e é um problema antigo para bancos e clientes. De um lado, as instituições financeiras defendem que a inadimplência na modalidade é muito alta (próximo a 50%). De outro, os clientes argumentam que com taxas tão elevadas honrar a dívida é muito difícil. No PL do Desenrola, o relator deputado Alencar Santana, sugere que as instituições financeiras (incluindo Febraban e Banco Central) cheguem a um consenso sobre um teto para os juros do rotativo em até 90 dias.
A ideia é que a partir desse limite auto-imposto pelos bancos, o CMN (Conselho Monetário Nacional) chancele ou não o teto para os juros do rotativo. Caso não haja consenso no prazo de três meses, a taxa passaria automaticamente para um limite de 100% ao ano, cerca de 5,95% ao mês. A medida tem impacto direto sobre os bancos, que são os principais atingidos. Não por acaso, as ações ligadas ao setor tem sofrido na Bolsa de Valores nas últimas semanas. Ontem, os papéis das empresas ligadas ao segmento caíram 0,48%, e foram o terceiro setor com a pior performance no dia.
Além da pauta no Congresso Nacional, os investidores locais reagem também a números da economia chinesa que, novamente, desapontaram. Nos Estados Unidos, atenção para a volta do feriado ontem, mas com agenda econômica sem nada muito relevante .
No campo das commodities, minério de ferro está de volta à casa dos US$ 115 a tonelada, enquanto o petróleo operava em leve queda (-0,70%), com o barril tipo Brent cotado a US$ 88,39, às 8h,
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