Calvário: Justiça autoriza prisão de jornalista suspeito de ser operador da família Coutinho
A Justiça da Paraíba autorizou a prisão temporária de um jornalista investigado por supostamente operar propina para a família do ex-governador Ricardo Coutinho, além de ser acusado de agir para atrapalhar as investigações da Operação Calvário...
A Justiça da Paraíba autorizou a prisão temporária de um jornalista investigado por supostamente operar propina para a família do ex-governador Ricardo Coutinho, além de ser acusado de agir para atrapalhar as investigações da Operação Calvário.
Segundo as apurações, Fabiano Gomes chegou a cobrar propina para não revelar fatos de investigados por suposta participação no esquema de lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais da área da saúde, por meio de jogos de apostas autorizados pela Loteria do Estado da Paraíba.
“Aparentemente exercendo a função de operacionalizador de repasses ilícitos de dinheiro em espécie supostamente controlados, diretamente, pelo então governador Ricardo Coutinho (apontado chefe do agrupamento criminoso). Apontam-se indícios de proximidade ilegítima entre Fabiano Gomes e a família “Coutinho”, relação esta cujas medidas colimadas ambicionam elucidar com mais profundidade”, escreveu o desembargador Ricardo Vital de Almeida.
Fabiano é sócio de sete empresas, sendo que uma delas, a ARTFINAL DE PROPAGANDA LTDA, teria recebido do Governo do Estado da Paraíba R$ 9 milhões.
“O investigado figurou como sócio da ARTFINAL DE PROPAGANDA LTDA, integrada pela sócia administradora DENISE KRUMMENAUER PAHIM (investigada/denunciada, presa na 7o Fase da Operação Calvário), esta também sócia da empresa DECORA BRINQUEDOS E PRESENTES LTDA com RAQUEL VIEIRA COUTINHO, irmã do Ex-Governador RICARDO COUTINHO (apontado líder da sugestiva ORCRIM)”.
Os investigadores encontraram nos manuscritos da agenda pessoal de Ricardo Coutinho, anotações apontando que Fabiano Gomes teria relação com “tanques com dinheiro”; “dois cartões de gasolina” que totalizam o montante de mais de R$ 11 milhões; “devolução de R$ 460 mil”, como uma suposta propina que teria retornado a Fabiano sob o controle de Ricardo Coutinho; e um repasse de R$ 100 mil para um jornalista feito por Ricardo Coutinho a pedido de Fabiano Gomes.
Uma perícia feita pela PF em celular apreendido de um dos alvos da Calvário mostrou ainda que Gomes atuava para cobrar vantagem indevida em troca de não revelar implicações contra investigados. A PF diz que ele atuava com o oferecimento de “proteção” e “blindagem”, mediante a utilização do seu aparente poder junto à imprensa paraibana.
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