Caiado reforça oposição a Lula: “Espero que ele me respeite”
O governador de Goiás descartou qualquer aliança com o petista, dada a polarização entre a direita bolsonarista e o lulismo
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), comentou o cenário apontado pelo Instituto Paraná Pesquisas, no qual figura com 11,3% das intenções de voto contra o presidente Lula. Em entrevista a O Antagonista nesta quarta-feira, 28, ele descartou qualquer aliança com o petista, dada a polarização entre a direita bolsonarista e o lulismo.
“Como presidente da República, ele tem o meu respeito e espero que ele também me respeite como governador. Agora, como eu já afirmei há algum tempo, sou pré-candidato à presidência da República e certamente estou em um projeto de oposição ao PT”, ponderou Caiado, que tenta viabilizar sua candidatura à presidência em 2026.
A declaração foi dada após a ameaça do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de retirar o estado goiano do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), justificando que a gestão Caiado obteve classificação ‘A’ entre os demais entes da federação. O governador interveio, argumentando que não pode ser ‘punido’ por ‘fazer o dever de casa’, e impediu a medida, que sugeriu, entre interlocutores, um ranço do ministro da Fazenda contra o gestor.
Caiado, que nesta quarta, almoçou com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante uma agenda em Goiânia, afirma que não “mistura os sinais” ao separar a relação administrativa dos ideais políticos.
“Minha história é clara: sempre fui oposição ao presidente Lula e ao PT. Disputei a presidência contra ele em 1989 e minhas posições políticas continuam as mesmas. Portanto, estou em um lado oposto ao dele. Agora, administrativamente, temos que manter um relacionamento republicano para cumprir nossas funções como governantes. Eu não misturo os sinais”, completou.
O goiano reafirmou sua preparação para concorrer ao posto de presidente em 2026. “Vou seguir trabalhando, dialogando e buscando o apoio dos setores da sociedade e partidos políticos que estejam dispostos a discutir um futuro melhor para o país”.
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