O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), acompanhou na manhã deste domingo, 27, o voto de seu candidato a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União).

Em entrevista coletiva após a votação, Caiado minimizou a ida de Jair Bolsonaro para a capital goiana. O ex-presidente endossa a candidatura de Fred Rodrigues (PL).

“Isso eu vou conversar com vocês às 18h. Até lá eu vou conversar para dizer ao povo todo de Goiânia: ‘Por favor, minha gente, vocês sabem o que Goiânia tá vivendo. Não tem outro caminho, vamos votar em quem sabe, em quem conhece, quem é preparado’. É isso que eu quero transmitir. Esse mimimi aí eu vou discutir depois das 18h”, disse o governador.

Mais cedo, Bolsonaro afirmou que o resultado das eleições municipais de Goiânia é “mortal” para as pretensões políticas de Caiado.

“O Caiado é muito do que ele quer. Se você está com o candidato dele, tudo bem. Se não tá o bicho complica. Não vim aqui para peitar o Caiado, muito pelo contrário, eu o respeito. Mas ele sabe que é mortal Goiânia para ele. [Se perder] Ele perde uma força muito grande”, afirmou o ex-presidente.

Como mostramos, as eleições em Goiânia neste domingo vão testar o protagonismo de Bolsonaro e de Caiado, que tenta sedimentar seu nome para a disputa presidencial em 2026.

Caiado X Bolsonaro

Recentemente o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, confirmou em entrevista que será candidato à presidência em 2026.

Hoje, Bolsonaro não tem condições legais de concorrer à Presidência, pois foi condenado a uma inelegibilidade de oito anos. Mas o ex-presidente joga politicamente com a perspectiva de ser liberado para se candidatar em 2026, e tenta manter a direita sob o seu cabresto.

Leia mais: Bolsonaro chamou Caiado de “covarde” ou não?

Pesquisa

Apoiado pelo governador goiano, o empresário Sandro Mabel lidera a disputa de segundo turno para a prefeitura de Goiânia com 58,8% das intenções de votos válidos, enquanto o deputado estadual Fred Rodrigues aparece com 41,2%, de acordo com pesquisa Futura Inteligência divulgada neste sábado, 26.

Leia também: Fred Rodrigues e o caso do falso bacharelado em direito