Cadeirada e soco de assessor de Marçal não se comparam, diz Datena
"O cara agrediu covardemente alguém e foi preso por causa disso. Eu respondi a uma agressão", afirmou o candidato do PSDB
O apresentador José Luiz Datena (PSDB) disse nesta terça-feira, 24, não ver relação entre a cadeirada que deu em Pablo Marçal (PRTB) no debate da TV Cultura e o soco dado por Nahuel Medina, assessor do ex-coach, em Duda Lima, marqueteiro da campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
“Não tem nada a ver uma coisa com outra. O cara agrediu covardemente alguém e foi preso por causa disso. Eu respondi a uma agressão. Fui agredido verbalmente, de uma forma desumana, que ninguém aguentaria suportar”, disse o tucano durante agenda de campanha na zona leste de São Paulo.
“Não tem nada a ver uma coisa com outra. O cara agrediu covardemente alguém e foi preso por causa disso. Eu respondi a uma agressão. Fui agredido verbalmente, de uma forma desumana, que ninguém aguentaria suportar”, acrescentou.
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“Deturpa completamente o debate”
Datena também cobrou uma posição da Justiça Eleitoral em relação a Marçal. Para o candidato do PSDB, o ex-coach é uma “ameaça à democracia” que “deturpa completamente o debate”.
“Ou a lei eleitoral para esse cidadão, que é na realidade uma ameaça à democracia, ou não tem condição de fazer campanha, de fazer debate”, afirmou.
“Ele diz que é agredido, mas ele agride de forma subliminar várias vezes. Durante várias respostas que não tinham nada a ver, ele coloca termos como cheirador de ar, sujeito agressivo, assédio, que não tem prova de absolutamente nada, de casos investigados e arquivados. Deturpa completamente o debate. Isso não é jogo democrático, isso é anarquia”, completou.
Datena poderia ter sido detido após cadeirada
A O Antagonista, o advogado Arthur Rollo, especialista em direito eleitoral, explicou que o tucano poderia, sim, ter sido detido após a briga nos estúdios da TV Cultura, mas não foi por ser um candidato em campanha, com endereço conhecido, e maior visibilidade.
“Na verdade, [Datena] deveria ter sido detido também. Não foi detido porque era um candidato, que tem um endereço certo, um domicílio certo, que está em campanha com agenda pública e é facilmente localizável, diferente de um assessor que, inclusive, é uruguaio e amanhã pode voltar ao país dele sem que a jurisdição brasileira o alcance.
Quando é um candidato, que está em campanha, é muito mais fácil de você localizar o candidato, responsabilizar e adotar providências em relação ao candidato. Quando se trata de um assessor, nem sempre os assessores são identificados.”
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