Advogado de Moro questiona MPE: “Cadê a individualização do gasto?”
O advogado de Sergio Moro no processo de cassação que o senador enfrenta no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, Gustavo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 15, a O Antagonista que a manifestação do Ministério Público Eleitoral ajuda a dirimir algumas lacunas do processo...
O advogado de Sergio Moro (União-PR, foto) no processo de cassação que o senador enfrenta no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, Gustavo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 15, a O Antagonista que a manifestação do Ministério Público Eleitoral ajuda a dirimir algumas lacunas do processo.
No entanto, ele acredita que a peça da procuradoria ainda traz aspectos a serem discutidos como, por exemplo, a individualização da conduta do senador durante a pré-campanha do ano passado.
“Cadê a individualização do gasto? Cadê o gasto indicado pelo Moro? Como eu vou dividir o Moro candidato a senador e [Luciano] Bivar, candidato à Presidência? São esses critérios que nós temos que enfrentar. Apesar da conclusão [negativa], o raciocínio empregado pelo MPE é interessante e nós temos que enfrentar”, declarou.
Como mostramos ontem, os procuradores da República Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado acataram parcialmente a tese do PL e da Federação Brasil de Esperança (formada por PT, PCdoB e PV), que argumentam que houve um investimento de pelo menos 2 milhões de reais na pré-candidatura de Moro. Para eles, esse gasto desequilibrou o processo eleitoral no Paraná.
“O procurador fez o que nós havíamos pedido há muito tempo. Que se analise gasto a gasto. Veja que saímos dos R$ 20 milhões que o PT estava dizendo, passou para os R$ 7 milhões argumentados pelo PL e agora está em R$ 2 milhões. Nessa conta, ele contabilizou gastos com segurança depois que Moro foi ameçado pelo PCC… então, que gasto é esse?”, disse o advogado.
“Gasto de advogado? A própria lei eleitoral aponta que o valor gasto com advogado não se soma para o limite de campanha. Se não se soma em campanha, como vai se somar em pré-campanha? Só aí abaixamos em pelo menos R$ 1 milhão”, acrescentou.
“Há aspectos positivos na manifestação do MPE: ele afastou a acusação de ‘Caixa Dois’ ou de triangulação de recursos. Agora ele colocou a bola no chão e agora vamos enfrentar essas teses. Por exemplo: o evento de filiação do Moro no Podemos. Nem ano eleitoral era. Álvaro Dias discursou. Essa conta não entrou para o Álvaro Dias? Foi importante ele ter trazido gasto a gasto e nós vamos mostrar que a conta que foi feita ainda é uma conta equivocada”, disse.
Como publicanos anteriormente, o Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) defendeu a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) em ação de investigação por abuso de poder político impetrada por PL e pela Federação Brasil da Esperança.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)