Bruno Covas nomeia subprefeito condenado por improbidade
Candidato à reeleição, Bruno Covas nomeou ontem Milton Sérgio Júnior para a subprefeitura de Santana/Tucuruvi. Em 2010, ele foi condenado por improbidade administrativa...
Candidato à reeleição, Bruno Covas nomeou ontem Milton Sérgio Júnior para a subprefeitura de Santana/Tucuruvi. Em 2010, ele foi condenado por improbidade administrativa.
Ele era chefe de gabinete da ex-vereadora Myriam Athiê (DEM) e foi acusado de repassar a ela, em 2003, parte de uma de propina de R$ 40 mil, paga pela empresa Transportes Urbanos Cidade Tiradentes, que operava linhas de ônibus na capital paulista.
Segundo o Ministério Público, a propina foi paga para que Myriam atuasse junto à SPTrans para suspender a intervenção municipal na empresa, que estava quebrada, com dívidas de R$ 11,5 milhões, e em situação de penúria, “com a frota de ônibus em péssimo estado de conservação, com pneus carecas e peças sucateadas”.
O MP diz que Milton Sérgio Júnior participou de uma reunião, no escritório particular de Myriam, entre o dono da empresa, Samy Jaroviski, e o advogado Jorge Fukuda, que trabalharia na suspensão da intervenção. Coube a ele, segundo a acusação, repassar parte da propina repassada à vereadora, no montante de R$ 10 mil.
“O corréu Milton Sérgio Júnior não apenas assinou como testemunha o contrato de prestação de serviços entre Samy e Jorge Fukuda, como serviu de intermediário no recebimento de parte da propina destinada à vereadora”, registrou na sentença o juiz Valter Alexandre Menna, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.
Para continuar à frente da empresa, Samy teria apresentado como garantia do pagamento da dívida um terreno com documentação irregular e falsamente avaliado em R$ 37,5 milhões em São Bernardo (SP), mas que havia sido adquirido por R$ 2 milhões.
“Isso somente foi possível graças à ‘orientação jurídica’ montada pela vereadora e pelo advogado Fukuda e prontamente aceita pela advogada da SPTrans e pelo presidente dessa estatal”, afirmou o juiz ainda na sentença.
Na sentença, ele condenou também a empresa, Myriam, o então presidente da SPTrans, Gerson Luís Bittencourt e advogada da estatal, Roberta Arantes Lanhoso.
A sentença impôs a Myriam e Milton a devolução dos R$ 40 mil, perda de funções públicas e a suspensão dos direitos políticos por 8 anos. Eles recorreram e a condenação foi confirmada em 2015 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
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