Bretas se declara suspeito para julgar caso de corrupção no governo Witzel
Alegando "relação pessoal com uma das partes", Marcelo Bretas se declarou suspeito para julgar a ex-primeira dama do Rio Helena Witzel, o ex-secretário estadual Lucas Tristão e seis empresários acusados de corrupção e lavagem em contratos da saúde...
Alegando “relação pessoal com uma das partes”, Marcelo Bretas se declarou suspeito para julgar a ex-primeira dama do Rio Helena Witzel, o ex-secretário estadual Lucas Tristão e seis empresários acusados de corrupção e lavagem em contratos da saúde.
O juiz não revelou com qual réu tem relação. Também respondem ao processo Mário Peixoto, Alessandro de Araújo Duarte, Cassiano Luiz da Silva, Juan Elias Neves de Paula, João Marcos Borges Mattos e Gothardo Lopes Netto.
Quase todos estão na cadeia ou em prisão domiciliar.
“Por razões de foro íntimo, considerando minha relação pessoal com uma das partes até o ano de 2019, declaro-me suspeito para atuar neste feito e no correlato (…) Assim faço para que não pairem dúvidas acerca da isenção da jurisdição prestada por esta Justiça Federal”, escreveu Bretas na decisão.
O caso foi enviado para a 7ª Vara Federal do Rio na semana pelo Superior Tribunal de Justiça, que julgará apenas Wilson Witzel.
Ele é acusado de receber propina de R$ 554 mil através do escritório de advocacia de Helena, para favorecer empresas contratadas para gerir hospitais públicos.
Apesar de afastado do cargo, mantém o foro privilegiado.
Assumirá o processo na primeira instância a juíza Caroline Vieira.
A decisão de Bretas ocorre um dia depois de a Segunda Turma do STF declarar Sergio Moro suspeito no caso do triplex de Lula.
Como mostra a edição desta semana de Crusoé, Bretas é o próximo alvo de Gilmar Mendes.
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