Brasil enfrentou umidade menor que a do Saara
Ondas de calor sem precedentes estão secando cidades brasileiras, com níveis de umidade inferior ao deserto do Saara.
Em Agosto, pelo menos seis cidades brasileiras enfrentaram condições climáticas mais severas que as do deserto do Saara. Essas cidades registraram umidade relativa do ar abaixo de 10% e temperaturas que chegaram a 38°C. Essas condições extremas ocorrem devido a uma massa de ar seca que domina o Centro-Sul do Brasil, resultando na queda da umidade e no aumento das temperaturas.
Os municípios afetados incluem Bom Jardim da Serra (SC), Cotriguaçu (MT) e Itiquira (MT), que registraram umidade de apenas 7%, o valor mais baixo do País no horário mais crítico do dia, às 15h. Além desses, as cidades de Goiás (GO), Caiapônia (GO) e São Romão (MG) também registraram índices abaixo de 10%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Índices de Umidade no Centro-Sul Brasileiro
Um aspecto preocupante é que enquanto nessas cidades brasileiras a umidade caía para níveis críticos, no deserto do Saara, às 15h, a umidade era de 66%, com temperatura de 35°C. Esses dados foram fornecidos pelo Met Office, o serviço nacional de meteorologia do Reino Unido, indicando uma situação paradoxal.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), valores de umidade relativa iguais ou superiores a 60% são considerados adequados para a saúde humana. Níveis inferiores podem causar diversos problemas de saúde, como desidratação, irritação dos olhos e das vias respiratórias.
Como Essas Temperaturas Afetam o Cotidiano?
Além da baixa umidade, as temperaturas registradas aumentam a preocupação. Em Bom Jardim da Serra (SC), a mínima foi de -3°C, e a máxima não passou de 10°C. Já no Mato Grosso, Cotriguaçu e Itiquira enfrentaram mínimas de 18°C e 11°C e máximas de 38°C e 33°C, respectivamente.
Em Goiás, cidades como Goiás e Caiapônia apresentaram mínimas de 12°C e 10°C e máximas de 35°C e 32°C. São Romão (MG) viu temperaturas entre 13°C e 32°C ao longo do dia. Esse contraste térmico acentua ainda mais a sensação de desconforto e o risco à saúde pública.
Quais Medidas Podem Ser Adotadas?
Para enfrentar essas condições extremas, é essencial adotar medidas de precaução. O Inmet emitiu três níveis de alerta para baixa umidade: amarelo, laranja e vermelho. Essas cores indicam a gravidade da situação e a necessidade de cuidados específicos:
- Alerta Amarelo: Baixa umidade entre 20% e 30%. Recomenda-se evitar atividade física intensa e manter-se hidratado.
- Alerta Laranja: Umidade entre 12% e 20%. Além de hidratação constante, é importante umidificar os ambientes internos.
- Alerta Vermelho: Umidade abaixo de 12%. Evitar exposição ao sol, hidratação constante e atenção especial a crianças e idosos.
Para os próximos dias, espera-se que a condição de baixa umidade persista na região central do País. É crucial que a população siga as orientações das autoridades para minimizar os impactos à saúde e ao bem-estar.
O Que a População Pode Fazer?
Além das recomendações do Inmet, há algumas práticas que podem ajudar a amenizar os efeitos da baixa umidade e altas temperaturas:
- Beber muita água ao longo do dia para manter o corpo hidratado.
- Usar umidificadores de ar ou deixar toalhas úmidas em ambientes internos.
- Evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes, especialmente entre 10h e 16h.
- Incluir alimentos ricos em água na dieta, como frutas e vegetais.
- Aplicar hidratante na pele para evitar o ressecamento.
A prevenção e o cuidado são essenciais em momentos de crise climática, como o que enfrentamos atualmente. É importante seguir as orientações das autoridades e adotar hábitos saudáveis para minimizar os impactos na saúde.
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