“Brasil devorado”, diz Deltan sobre pressão por Mantega na Vale
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) criticaram as...
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) criticaram as pressões feitas pelo governo Lula para por o ex-ministro Guido Mantega (foto) na presidência da Vale.
“O Governo Lula afugenta investidores e prejudica o ambiente de negócios ao pressionar, segundo a imprensa, os acionistas da Vale a ter o Mantega, de gestão desastrosa no Ministério da Fazenda, como CEO da empresa”, publicou Moro nesta quinta-feira, 25 de janeiro, no X, rede social anteriormente conhecida como Twitter.
Deltan falou em “falta de tetas para a voracidade da companheirada”.
“O loteamento político das estatais não é suficiente. Faltam tetas para a voracidade da companheirada, que agora avança sobre empresas privadas”, disse o ex-deputado no X.
“E mais. Dominam mídia com dinheiro [verbas de publicidade federal] e indicações. Dominam cultura com a lei Rouanet. Dominam escolas com doutrinação. O Brasil está sendo devorado”, acrescentou.
O ex-deputado e ex-chefe da força tarefa do Ministério Público na Lava Jato aproveitou a oportunidade também para rebater críticas ao combate à corrupção.
“E o Brasil retoma o compadrio que nos levou aonde mesmo? Ah, sim, a um escândalo ‘forjado pelos americanos’… pelo menos é o que diz Lula. Se você acredita nessa versão dele, deve acreditar que é inocente. E, como na caverna de Platão, quem revela a verdade que é punido”, disse Deltan, em referência a fake news recente de Lula.
“Petrolão reloaded: aprenderam com seus erros! Alguém deve ter percebido que, se desviarem dinheiro de empresa privada, a punição é menor. Que país é esse em que toda a cúpula política abusa e abusa de novo de modo impune?”, acrescentou.
Lula interfere na Vale?
O governo Lula intensificou seus esforços para indicar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega (foto), para a presidência da Vale, uma empresa privada.
A informação dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo confirma os rumores apontados e analisados por O Antagonista.
Quem pressiona pelo governo é o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Ele entrou em contato com conselheiros da Vale nesta quarta-feira, 24 de janeiro, pedindo que o comitê de acionistas escolha o indicado do ex-presidente para liderar a companhia na reunião da próxima terça-feira, 30.
“O ministro foi claro. Lula não quer um assento para Mantega no conselho (são 13 vagas), mas o principal cargo executivo, cuja remuneração anual, aliás, é de cerca de R$ 60 milhões”, diz o Estadão.
“O governo tem à disposição instrumentos para ‘apertar a Vale’, caso considere ser necessário. Conselheiros citam, por exemplo, direitos minerais e de concessão de ferrovias”, acrescenta.
Auxiliares do presidente e sócios privados elaboraram um plano em que Mantega ocuparia uma cadeira no conselho de administração da Vale, mantendo o atual presidente Eduardo Bartolomeo no cargo por um período mais um ano.
Esse plano não interessa a Lula, segundo o Estadão.
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