Brasil bate recorde de incêndios florestais em 2024
Segundo o Inpe, ao todo foram 17 mil focos identificados, mais da metade desses incêndios ocorreram na região da Amazônia
O Brasil está enfrenta uma situação preocupante em relação aos incêndios florestais. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o país registrou um número recorde de incêndios nos primeiros quatro meses deste ano, com mais de 17 mil focos identificados. Mais da metade desses incêndios ocorreram na região da Amazônia.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, esse aumento nas queimadas está diretamente relacionado aos efeitos das mudanças climáticas, incluindo as secas. As imagens de satélite fornecidas pelo Inpe revelam um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2022, representando um recorde desde que os dados começaram a ser compilados em 1998.
Incêndios na Amazônia
A Amazônia Legal, que abriga mais de 60% da maior floresta tropical do mundo, foi a região mais afetada, com 8.977 incêndios registrados entre janeiro e abril. Esse número é o mais alto desde 2016 e representa um aumento de 153% em comparação ao mesmo período do ano passado. O Cerrado também foi afetado, com um aumento de 43% nos incêndios.
O governo Lula chegou a conseguiu reduzir o desmatamento na Amazônia em seu primeiro ano do terceiro mandato. No entanto, os números relacionados aos incêndios continuam alarmantes. Os incêndios florestais não são apenas um problema brasileiro, mas também afetam países vizinhos, como Chile e Colômbia.
Mudanças climáticas
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, esses incêndios estão sendo intensificados pelas mudanças climáticas e pelo fenômeno El Niño, que está sendo considerado um dos mais fortes da história. Esse fenômeno tem causado estiagens prolongadas em várias áreas da Amazônia em 2023, o que contribui para a propagação do fogo.
O aquecimento global também tem desempenhado um papel importante nessa situação preocupante. O aumento das temperaturas tem provocado mudanças de padrão, levando o fogo a avançar para áreas de vegetação nativa. Isso agrava ainda mais a destruição das florestas e coloca em risco a biodiversidade e o equilíbrio ambiental.
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