“Boulos tenta nacionalizar porque não tem o que mostrar”
O MDB pretende manter a campanha pela Prefeitura de São Paulo dentro dos limites de São Paulo. É o que o presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (SP), deixou bem claro em...
O MDB pretende manter a campanha pela Prefeitura de São Paulo dentro dos limites de São Paulo. É o que o presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (SP), deixou bem claro em entrevista concedida ao jornal O Globo.
Questionado sobre a aliança com o PL de Jair Bolsonaro — o próprio ex-presidente ainda reluta em manifestar apoio claramente —, Rossi disse que “essa tentativa de polarização ou de nacionalização da campanha de São Paulo não é boa para a cidade” e criticou Guilherme Boulos (PSOL-SP, foto, ao centro, em viagem à China).
“Boulos tenta nacionalizar porque ele não tem o que mostrar. Ao contrário do Ricardo, que vai falar de gestão. A gente respeita o presidente”, acrescentou o presidente do MDB, referindo-se a Bolsonaro. O PSOL e o PT não escondem o plano de transformar a disputa numa reedição da campanha presidencial de 2022, com a narrativa da democracia versus o autoritarismo.
Rossi reforçou que “eleição municipal é momento de se discutir as questões do município”.
“O nosso candidato a prefeito de São Paulo é o Ricardo Nunes, um ‘radical de centro’, que aos 16 anos se filiou ao MDB e sempre militou no MDB. O Ricardo Nunes nunca teve uma atitude antidemocrática. Estamos buscando o apoio de todos aqueles que acham que o Boulos vai ser um desastre para São Paulo. A verdadeira frente ampla quem está fazendo é o Ricardo Nunes, com a possibilidade do apoio desde o PL, mais à direita, passando pelo Republicanos, PP, PSD, União Brasil, PSDB, Solidariedade, agora com reforço do Aldo Rebelo. É uma composição plural, de pessoas que pensam de forma diferente, mas veem nele a melhor alternativa para São Paulo”, defendeu o presidente do MDB.
Mágoa
Na entrevista, o emedebista deixou clara a mágoa com Lula pelo esforço para retirar Marta Suplicy da gestão Nunes e montar chapa com Boulos.
“Claro que causou um desconforto porque ela estava no governo do Ricardo há três anos. Acho que até pelo fato de o MDB fazer parte do governo, ele [Lula] poderia ter agido de maneira diferente, sim. Mas a gente tem que respeitar. É a eleição mais importante do Brasil. É natural o presidente Lula articular”, disse o emedebista.
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