Bolsonaro realoca Marcos Pontes como vice de Alcolumbre
Senador do PL chegou a lançar sua própria candidatura à presidência do Senado, mas acabou enquadrado pelo partido e deve compor com União Brasil
Jair Bolsonaro disse na quarta-feira, 6, que o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP, à direita na foto) “está quase certo” como candidato a vice-presidente do Senado na chapa de Davi Alcolumbre (União-AP, à esquerda na foto).
“Fiquei quase uma hora com o Rogério Marinho agora há pouco. Conversamos, sim, com o Alcolumbre”, comentou o ex-presidente, referindo-se ao líder da oposição no Senado, em entrevista à rádio AuriVerde Brasil.
“Queremos lançar Marcos Pontes candidato ao Senado. Está quase certo. A gente teria a 1ª vice-presidência”, completou.
Pontes chegou a lançar candidatura
Marcos Pontes chegou a lançar sua candidatura à presidência do Senado, em 29 de outubro, desagradando o PL.
“Venho assistindo ao desenrolar dos acontecimentos nesta Casa com um forte sentimento de urgência e de indignação. Precisamos ouvir a voz do povo, que clama por mudança”, discursou o parlamentar ao lançar sua candidatura.
“Estamos vendo o nosso Brasil, pelo qual juramos lutar, se perder em uma espiral de valores invertidos, onde criminosos são soltos e pessoas simples são condenadas a penas desproporcionais”, seguiu o senador, completando:
“Assistimos à banalização de injustiça, à crescente perda de liberdades, ao estabelecimento da censura e do autoritarismo, à corrosão dos valores básicos da sociedade, à distorção da democracia verdadeira e à crescente falta de respeito ao Poder Legislativo.”
Quem manda?
O discurso de Pontes ocorreu no mesmo dia em que Bolsonaro anunciava o apoio do PL a Alcolumbre. Segundo o ex-presidente, uma composição entre as duas candidaturas tem o objetivo de influenciar na agenda de votações do Senado e controlar comissões.
“Hoje, nós, do PL, não podemos convocar nenhum ministro para nenhuma comissão, porque não temos nenhuma comissão”, comentou Bolsonaro, de olho na possibilidade de pautar votações na ausência de Alcolumbre, caso a eleição se confirme em fevereiro de 2025.
Alcolumbre já conta com apoio de seis partidos: PT, PL, PP, PDT e PSB, além do seu União Brasil. Ele também já recebeu o apoio declarado do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mesmo contra a candidatura de Eliziane Gama (PSD-MA), de seu próprio partido.
O senador do União Brasil já reúne o apoio de 44 colegas, e precisa de apenas 41 dos 81 possíveis para voltar à presidência do Senado.
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