“Mercado fica nervosinho”, diz Bolsonaro, que mantém Guedes e confirma novo reajuste de combustíveis
Após a debandada de quatro secretários do Ministério da Economia, Jair Bolsonaro (foto, à direita) disse que Paulo Guedes (foto, à esquerda) não deixará o cargo. "Paulo Guedes continua no governo e o governo segue com a política de reformas. Defendemos as reformas, que estão andando no Congresso Nacional, esse é o objetivo"...
Após a debandada de quatro secretários do Ministério da Economia, Jair Bolsonaro (foto, à direita) disse que Paulo Guedes (foto, à esquerda) não deixará o cargo. “Paulo Guedes continua no governo e o governo segue com a política de reformas. Defendemos as reformas, que estão andando no Congresso Nacional, esse é o objetivo”, disse o presidente à CNN.
Durante a live semanal, Bolsonaro afirmou que o mercado fica “nervosinho” com o aumento de despesas e “tem secretário que quer fazer valer sua vontade”. Ele admitiu ainda um novo reajuste de combustíveis nos próximos dias e tentou justificar a “bolsa caminhoneiro”.
“A inflação é horrível? É péssima, mas pior ainda é o desabastecimento. Como está na iminência de ter um novo reajuste dos combustíveis, o que buscamos fazer? Acertado com a equipe econômica… Alguns não querem na equipe econômica, não queriam, outros acharam que era possível. Em havendo um novo reajuste, dar um auxílio para os caminhoneiros. O que está decidido até o momento? R$ 400 para 750 mil caminhoneiros autônomos. É muito, é pouco? É o possível no momento”, declarou.
Segundo ele, “isso dá um pouco mais de R$ 3 bilhões ao longo de um ano, dentro do Orçamento”.
“Agora tem secretário, como acontece às vezes com um ministro, que quer fazer valer a sua vontade. Então o ministro deu uma decisão, vamos gastar dentro do teto, que as reformas continuam. A gente espera que as reformas administrativa e tributária continuem, como foi feita a da Previdência no passado”, acrescentou.
E ainda: “Temos como vencer essa crise. Vai ter novo aumento de combustível? Certamente teremos. Não vou negar isso daí. Estou buscando solução. […] Aí fica o mercado nervosinho. Se vocês explodirem a economia do Brasil, pessoal do mercado, vocês vão ser prejudicados também.”
Enquanto promove uma gambiarra no teto de gastos, o presidente diz a seus seguidores que não quer “desequilíbrio nas finanças” do país.
“Por que buscamos cumprir o teto de gastos? Porque não queremos desequilíbrio nas finanças no Brasil. Vem desequilíbrio, a inflação explode, todo mundo perde com isso. Agora tem gente botando lenha na fogueira.”
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