Bolsonaro não quer ter “nada a ver com impeachment de Lula”
Jair Bolsonaro avisou a aliados que não tem qualquer relação nem apoia a manifestação a favor do impeachment do presidente Lula convocada pela deputada Carla Zambelli
Jair Bolsonaro avisou a aliados que não tem qualquer relação nem apoia a manifestação a favor do impeachment do presidente Lula convocada pela deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Em suas redes sociais, Zambelli postou uma convocação para manifestação no dia 9 de junho, em frente ao Masp. A convocação vem acompanhada da hastag “Fora Lula”. Segundo as diretrizes da convocação são permitidos cartazes “no sentido de impeachment, apoio ao RS, liberdade de expressão e liberdade de manifestação”, mas são proibidos cartazes com “ofensas à honra ou dignidade de pessoas”, assim com cartazes que peçam “o fim de instituições constitucionais”. Também é apontado como proibido “pedir golpe de estado ou intervenção militar.”
O pastor Silas Malafaia disse que falou com Bolsonaro e “ele disse que não tem nada com isso, que não apoia isso.” Malafaia explicou que a próxima manifestação que Bolsonaro comparecerá será em Joinville (SC), em ato marcado para 30 de junho:
“O evento que vamos fazer é dia 30 de junho em Joinville. E não tem nada a ver com impeachment de Lula. Tem a ver com censura de redes sociais”, declarou o pastor.
O próprio Malafaia também disse não apoiar o protesto convocado por Zambelli. “Não apoio e não vou. Não é hora para isso. Coisa certa em hora errada é coisa errada”, disse.
Bolsonaro afastou-se de Carla Zambelli desde as eleições de 2022, devido ao desgaste provocado pela sua atitude em ao correr com uma arma em punho perseguindo uma pessoa. Bolsonaro avaliou que o episódio envolvendo a deputada contribuiu para sua derrota para Lula nas urnas naquele ano.
Em abril de 2024, Zambeli Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram denunciados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. De acordo com a PGR, a deputada foi a autora intelectual da invasão do sistema do CNJ e procurou o hacker para executar o crime e emitir um mandato falso de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
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