Bolsonaro mente
Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira, admitiu que citou a PF durante a reunião ministerial de 22 de abril, na qual pressionou Sergio Moro...
Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira, admitiu que citou a PF durante a reunião ministerial de 22 de abril, na qual pressionou Sergio Moro.
De acordo com ele, porém, “a interferência não é nesse contexto da inteligência, não, é na segurança familiar”.
O documento apresentado pela AGU a Celso de Mello mostra que isso é uma mentira descarada.
Leia parte da transcrição da reunião de 22 de abril que foi repassada ao ministro do STF:
“Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não têm informações, a ABIN tem os seus problemas, tem algumas informações, só não tem mais porque está faltando realmente… temos problemas… aparcelamento, etc. A gente não pode viver sem informação. Quem é que nunca ficou atrás da… da… da… porta ouvindo o que o seu filho ou a sua filha está comentando? Tem que ver para depois… depois que ela engravida não adiante falar com ela mais. Tem que ver antes. Depois que o moleque encheu os cornos de droga, não adianta mais falar com ele: já era. E informação é assim. Então essa é a preocupação que temos que ter: a questão estratégia. E não estamos tendo. E, me desculpe, o serviço de informação nosso — todos — é uma vergonha, uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final. Não é ameaça. Não é extrapolação da minha parte. É uma verdade”.
Não há uma única referência à segurança de sua família, e sim a “notícias”, “informações”, “inteligências”, “informações”, “informações”, “informação”, “ouvindo atrás da porta”, “informação”, “serviço de informação” e “informado”.
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