“Bolsonaro foi o presidente mais investigado da história do país”, diz advogado
Advogado Celso Vilardi disse que a defesa do ex-presidente não teve acesso à integra das provas colhidas

O advogado Celso Vilardi, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 25, iniciou sua sustentação oral afirmando que o cliente “foi o presidente mais investigado da história do país”.
Segundo Villardi, a defesa do ex-presidente não teve acesso à íntegra dos documentos citados na denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
“A prova da defesa é uma prova negativa. Não fez, não participou, não aderiu, não autorizou (…) Todos os elementos da denúncia e no relatório da PF estão nos autos. A conversa do Mauro Cid, citada na denúncia, estão nos autos. O que não está na denúncia é a concretude das mídias“, disse.
Primeira fila
Bolsonaro resolveu ir pessoalmente ao julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) no Supremo Tribunal Federal.
Segundo aliados do ex-presidente, a ideia de Bolsonaro é enfrentar os integrantes da Primeira Turma.
A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira, horas antes do julgamento.
Depois do julgamento, o ex-presidente deve se reunir com aliados na sede do PL, em Brasília.
A ideia de Bolsonaro é fazer um pronunciamento após o STF decidir sobre o caso.
O julgamento
Caso o STF acate a denúncia, Jair Bolsonaro será réu por crimes como Golpe de Estado, tentativa de abolição violenta ao Estado Democrático de Direito, organização criminosa; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Além do ex-presidente, fazem parte dessa primeira leva de denunciados o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, o tenente-coronel e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.
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