Obcecado para encontrar algum indício de fraude nas eleições, Jair Bolsonaro anunciou há pouco em sua live presidencial que o PL de Valdemar Costa Neto vai contratar uma empresa para fazer uma auditoria independente nas eleições de 2022.
Ainda segundo o presidente da República, o trabalho dessa empresa vai começar assim que ela assinar o contrato e que vai acompanhar, inclusive, a fase prévia das eleições, como propagandas eleitorais e convenções partidárias. Bolsonaro defendeu também que outros partidos integrem uma espécie de consórcio para o pagamento dessa auditoria externa.
A decisão foi tomada esta semana, durante reunião com Valdemar Costa Neto.
“Como está na legislação eleitoral, nós contrataremos uma empresa para fazer a auditoria nas eleições. Agora, deixo claro, e até adianto ao TSE: essa auditoria não vai ser feita após as eleições. Uma vez ela contratada, a empresa já começa a trabalhar. A empresa vai pedir ao TSE, com toda a certeza, uma quantidade grande de informações”, declarou o presidente.
Mesmo antes do trabalho dessa empresa, Bolsonaro declarou que a companhia pode, simplesmente, não aceitar o trabalho pelas “dificuldades em se fazer uma auditoria nas urnas eletrônicas”.
“Então, eu entendo que o que pode acontecer, repito, não digo que vá acontecer, pode acontecer… Em poucas semanas de trabalho, essa empresa que faz auditoria no mundo todo, empresa de ponta, pode chegar à conclusão que, antes das eleições, dada a documentação que tem na mão, dado o que já foi feito até o momento para melhor termos eleições livres de qualquer suspeita de ingerência externa, ela pode falar que é impossível auditar e não aceitar fazer o trabalho. Olha a que ponto nós vamos chegar”, afirmou.
“Daí nós estamos vendo o TSE, os ministros agora, [Luís Roberto] Barroso, basicamente, o senhor [Edson] Fachin, entrou agora o ministro [Ricardo] Lewandowski, o senhor Alexandre de Moraes, ficar em uma situação complicada. Ficar em uma situação bastante complicada, porque nós devemos dar uma satisfação”, declarou.
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