Bolsonaro associa derrota de Marçal a divulgação de laudo falso de Boulos
Na sexta-feira, o ex-coach divulgou um laudo com assinatura de um médico já falecido para dizer que o deputado era usuário de cocaína
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite deste domingo, 6, que o ex-coach Pablo Marçal tinha chances de se ‘consolidar’ entre os eleitores da direita, mas que ele errou ao divulgar um laudo falso para dizer que Guilherme Boulos (PSOL) é usuário de cocaína.
“Ninguém pode negar que ele é inteligente, mas usa a cabeça para questões não corretas. Como é o exemplo de um hacker, que em vez de usar a inteligência para trabalhar em um banco, fica fazendo besteira. O Marçal é a mesma coisa”, declarou Jair Bolsonaro a jornalistas no Rio de Janeiro.
“Ele tinha um tremendo futuro pela frente, mas esse laudo vai marcar a vida dele. Perdeu a chance, no meu entender, de se consolidar. Vai ter gente que vai continuar com ele, mas se ele terá um futuro político, eu não sei”, acrescentou o ex-presidente.
Na noite de sexta-feira, Marçal divulgou um laudo falso para confirmar a tese de que Boulos era usuário de drogas. O documento tinha a assinatura de um médico já falecido. Agora, o ex-coach é alvo de investigações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal.
“Acho mais errado o Pablo Marçal pela insistência em falar certas coisas. É igual ao lance do açúcar com o Boulos. Eu odeio o Boulos, mas jamais falaria isso para ele”, disse o ex-presidente.
Como mostramos mais cedo, Leonardo Avalanche, que preside o PRTB, partido de Pablo Marçal, afirmou que a publicação de um laudo falso “atrapalhou” a do ex-coach à Prefeitura de São Paulo.
Segundo turno em São Paulo será entre Boulos e Nunes
Após uma campanha conflagrada, a disputa no segundo turno pela prefeitura de São Paulo será entre Ricardo Nunes (MDB) e Boulos. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), Nunes tem 29,49% dos votos válidos contra 29,06% do deputado psolista.
Marçal ficou em terceiro lugar, com 28,14%; seguido por Tabata Amaral (PSB), com 9,92%; José Luiz Datena (PSDB), 1,84%; e Marina Helena (Novo), 1,38%.
O PSDB sai dessas eleições como o maior derrotado na capital paulista. Se antes o partido era a grande força em São Paulo e mantinha na capital paulista uma espécie de fortaleza intransponível, após a morte de Bruno Covas o tucanato perdeu o rumo e o resultado das urnas pode ser o pior desde a redemocratização.
Datena teve um desempenho pífio e ao longo da campanha caiu a ponto de, na hora das urnas, ter ficado próximo da novata Marina Helena (Novo).
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