Bolsonaro agradece a Milei por receber foragidos do 8 de janeiro
"Lutamos pela anistia", disse o ex-presidente em vídeo gravado para a abertura do CPAC
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por meio de um vídeo gravado para a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), agradeceu nesta quarta-feira ao presidente da Argentina, Javier Milei, por “lutar pela anistia” dos foragidos no país após os atos contra a Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.
Na abertura do CPAC, Bolsonaro elogiou Milei pelas “medidas econômicas, às vezes salgadas, que estão dando resultado” adotadas pelo governo argentino.
Em 16 de novembro, a Justiça argentina ordenou a prisão de 61 foragidos no país condenados por participação nos atos de vandalismo.
Medidas econômicas de Milei
Bolsonaro comparou a sua gestão no Brasil, entre 2018 e 2022, ao primeiro ano do presidente argentino à frente da Casa Rosada:
“Nós fizemos no Brasil algo parecido com o que você está fazendo na Argentina, mas tivemos dois problemas, a pandemia e a guerra na Ucrânia. Nós também reduzimos a carga tributária e, por três meses consecutivos, tivemos deflação. Eu espero que a Argentina continue nessa linha. Os problemas vão aparecendo, mas vamos driblando.”
“Volta de Trump nos dá forças”
O ex-presidente comemorou de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, à Casa Branca.
Segundo Bolsonaro, o fato de Trump já ter “reclamado da anistia do filho do Biden” e sugerido “que haveria aos invasores do Capitólio” leva a “defender que exista anistia aos patriotas” que foram condenados pelos atos de vandalismo em Brasília.
No CPAC, Lara Trump, nora do presidente eleito dos EUA, comparou os processos contra o americano aos processos enfrentados por Bolsonaro.
“Está claro. Na América, os democratas tentaram deixar Donald Trump fora da luta; Vimos isso no Brasil, com Bolsonaro, e é o mesmo jogo, o mesmo inimigo da democracia. A solução a curto prazo é continuar a lutar”, disse a esposa de Eric Trump, filho do presidente eleito dos EUA.
“Hipóteses constitucionais”
No discurso, Bolsonaro afirmou que o presidente Lula (PT) quer atribuir a ele uma tentativa de golpe de Estado, ao se referir sobre o inquérito no qual foi indiciado pela Polícia Federal (PF).
Segundo ele, “não houve golpe, nós apenas conversamos sobre hipóteses constitucionais“.
O ex-presidente disse ainda que “espera que devolvam” o passaporte dele, retido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para que possa ir à posse de Trump em 20 de janeiro de 2025.
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