Bolsonaristas divergem sobre votação secreta para presidente da Câmara
A discussão sobre se a eleição para presidente da Câmara vai ser presencial ou virtual, em razão da pandemia da Covid-19, reacendeu o velho debate sobre o fato de a votação, pelo regimento da Casa, ser secreta. A deputada Carla Zambelli disse a O Antagonista que "gostaria que todas as votações fossem abertas"...
A discussão sobre se a eleição para presidente da Câmara vai ser presencial ou virtual, em razão da pandemia da Covid-19, reacendeu o velho debate sobre o fato de a votação, pelo regimento da Casa, ser secreta.
A deputada Carla Zambelli disse a O Antagonista que “gostaria que todas as votações fossem abertas”.
“Votamos em nome do povo, que tem que saber como e em quem estamos votando. Fui ativista em 2011 pelo fim do voto secreto parlamentar. Minhas opiniões não mudaram em relação a isso.”
Também bolsonarista, Bibo Nunes defendeu igualmente a votação aberta:
“As votações na Câmara têm de ser abertas. Como um deputado não vai querer mostrar sua posição? O seu eleitor tem que saber em quem o deputado votou, ainda mais em uma eleição polêmica como esta.”
O deputado Paulo Eduardo Martins, do PSC, pensa diferente.
“O voto é secreto para evitar retaliações políticas ao eleitor. Eleição para cargos da Mesa Diretora é diferente de votação de matéria.”
José Medeiros (Podemos) acha que a votação deveria “ser secreta e em cédulas” — atualmente, a votação ocorre pelo sistema eletrônico da Câmara.
O deputado Capitão Augusto (PL), que é candidato, defendeu a votação secreta:
“Os parlamentares têm um vínculo muito forte com os partidos políticos. A votação secreta é para a pessoa votar com liberdade total e plena, sem retaliação ou qualquer tipo de problema com o partido.”
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