Bolsonarista ameaça família de Amoêdo em caso de prisão de Bolsonaro
“Se o Bolsonaro for preso, nós vamos perseguir a sua família inteira”, escreveu “RenatoLRomero” em resposta ao cofundador que deixou o Novo
O ex-candidato João Amoêdo, cofundador que deixou o Novo e critica o partido pela aliança com Jair Bolsonaro, anunciou que fará o registro na Polícia e acionará a Justiça contra o autor bolsonarista de uma ameaça feita no X, antigo Twitter:
“Se o Bolsonaro for preso, nós vamos perseguir a sua família inteira”, escreveu “RenatoLRomero”.
Para Amoêdo, que confirmou a O Antagonista ter tirado da conta original o print do tuíte depois apagado, “ameaças como essa são criminosas e inaceitáveis”.
Ao comentar na rede social o discurso de Bolsonaro no ato de domingo, 25, na avenida Paulista, o ex-candidato havia defendido a prisão do ex-presidente:
“Após Bolsonaro confessar que havia uma minuta do golpe e pedir anistia aos ‘manifestantes’ de 8/1 – assumindo então que eles são culpados – fica ainda mais óbvio que o ex-presidente deveria ser preso.”
Antes do ato, Amoêdo também havia criticado a “subserviência” da “massa de manobra” a um “político medíocre e egoísta” que quer apenas se livrar da cadeia:
“No ato convocado por Bolsonaro para domingo na Paulista, não ocorrerá qualquer defesa da democracia.
Haverá apenas os políticos oportunistas e os demais que, sem esperar nada em troca, deixarão de lado o bom senso, os fatos e o respeito próprio para demonstrar, mais uma vez, a sua subserviência ao ex-presidente.
Um político medíocre e egoísta, que tem como única preocupação o seu destino.
Espero que em breve esses cidadãos deixem de ser massa de manobra de populistas e coloquem essa dedicação ao serviço do nosso país”, comentou Amoêdo.
O ato de Bolsonaro
Jair Bolsonaro (PL) participou no domingo, 25, de um ato com apoiadores na avenida Paulista, em São Paulo.
Em nome da “defesa do Estado Democrático de Direito”, o ex-presidente agora posa de vítima do sistema que ele próprio fortaleceu.
Em discurso, Bolsonaro evitou citar o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, e disse buscar “a pacificação para passar uma borracha no passado”.
Bolsonaro pediu ainda anistia “para aqueles pobres coitados” que foram presos pelo 8 de janeiro:
“Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos, a conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil, agora nós pedimos a todos os 513 deputados um projeto de anistia para que seja feita Justiça em nosso Brasil, e quem porventura depredou o patrimônio, que nós não concordamos, que pague.”
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