Bolsonarismo e agronegócio: a fórmula que reelegeu Tião Bocalom em Rio Branco
A reeleição de Bocalom confirma a polarização em Rio Branco entre 'base conservadora' e 'oposição progressista'

Tião Bocalom (PL) foi reeleito prefeito de Rio Branco, capital do Acre, em primeiro turno, com 54,6% dos votos válidos. O principal adversário do prefeito de Rio Branco, durante o pleito, foi Marcus Alexandre (MDB), que teve 34,8% dos votos.
Os deputados estaduais Emerson Jarude (Novo) e Jenilson Leite (PSB) apareceram em terceiro e quarto lugar, respectivamente. Jarude tem 7,28% e Leite 3,27%
O resultado confirma as projeções feitas pelas pesquisas que apontavam vantagem significativa para Bocalom.
Com uma carreira política consolidada no estado do Acre, Tião Bocalom, de 70 anos, já foi prefeito de Acrelândia por dois mandatos consecutivos (1993-1996 e 2001-2006) e também atuou como Secretário Estadual de Agricultura. Conhecido por sua atuação voltada ao setor agrícola, Bocalom tem como bandeira política o incentivo à produção rural.
Perfil
Tião Bocalom, de 71 anos, é graduado em matemática e biologia. Com uma longa trajetória política, foi líder do Democratas no âmbito regional e passou por um total de oito partidos diferentes. Em 2020, venceu a eleição para prefeito de Rio Branco representando o Progressistas (PP). Para tentar a reeleição em 2024, optou por se filiar ao Partido Liberal (PL), se tornando assim o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Sua carreira política começou como vereador em Nova Olímpia, no Paraná, nos anos 1980. Mais tarde, ele se destacou ao ser o primeiro prefeito de Acrelândia, no Acre, ocupando o cargo de 1993 a 1996, e novamente de 2000 a 2006. Além disso, atuou como secretário de Agricultura do Acre entre 1999 e 2000. Tentou ser governador do estado em três ocasiões e também se candidatou várias vezes à prefeitura de Rio Branco, conseguindo ser eleito na terceira tentativa.
Em 2022, Tião Bocalom ganhou destaque nacional por sua decisão de pintar diversos espaços públicos de azul, uma cor associada ao PP, partido ao qual pertencia na época, e que foi amplamente utilizada em sua campanha eleitoral.
Cenário político no Acre
A reeleição de Bocalom também confirma a polarização política em Rio Branco, com o eleitorado dividido entre a base conservadora, apoiada pelo agronegócio e pelos setores empresariais, e a oposição, mais progressista e ligada a movimentos sociais e ambientais.
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