‘Boa relação com Marielle’, diz Chiquinho Brazão ao STF
Deputado é um dos três acusados de serem mandantes do crime contra vereadora
Réu em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Chiquinho Brazão elogiou a vereadora Marielle Franco (PSOL) nesta segunda-feira, 21, em depoimento à Corte. Ele é um dos acusados de ser um dos mandantes do crime contra a parlamentar assassinada em março de 2018.
Chiquinho reconheceu que, em tempos de Câmera dos Vereadores quando era colega de Marielle, teve uma ‘discordância momentânea’ em decorrência de um projeto de lei sobre regularização de imóveis, o que, segundo ele, não interferiu na ‘boa relação’:
“É uma maldade o que fizeram. (Marielle tinha um) Futuro brilhante, sem dúvida nenhuma. Ela era uma vereadora muito amável. A gente sempre teve uma boa relação”, disse o parlamentar.
Chiquinho Brazão é reu ao lado do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) e irmão, Domingos Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa. Os três estão presos preventivamente desde março deste ano acusados de serem os mandantes da morte de Marielle. Todos eles negam.
Brazão nega contato com Lessa
Durante seu depoimento, Chiquinho Brazão negou que conhecia o ex-policial militar e réu confesso no crime, Ronie Lessa. O deputado comentou, no entanto, que os nomes apontados por Lessa como mandantes, o dele, de seu irmão e do delegado Rivaldo, foram citados para “proteger” uma outra pessoa.
“Não tem uma explicação a não ser que ele esteja protegendo alguém e seguiu esse caminho”, afirmou.
Relembre o ‘Caso Marielle’
Marielle foi executada a tiros em março de 2018, junto de seu motorista, Anderson Gomes, no bairro do Estácio, região central do Rio, quando voltava de um encontro político na Lapa.
A assessora da parlamentar, que estava ao lado de Marielle, foi ferida apenas por estilhaços.
O crime de repercussão internacional deu início às investigações que, um ano depois, apontou para a prisão dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Elcio Queiroz. Os dois foram responsáveis pela execução de Marielle.
Mais recentemente, em março deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) expediu um mandado de prisão contra os irmãos e parlamentares Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do crime. além do delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de ajudar a planejar e atrapalhar as investigações.
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