Bloco de Maia fala em “manter a chama da democracia acesa”
Rodrigo Maia, como noticiamos, lançou há pouco o seu bloco de apoio, atualizado, para a disputa pela presidência da Câmara com Arthur Lira. São, até aqui, 11 partidos, que, em tese, somam 281 deputados. O grupo divulgou uma espécie de manifesto. O candidato não foi anunciado. Nas últimas horas, Baleia Rossi se tornou o favorito...
Rodrigo Maia, como noticiamos, lançou há pouco o seu bloco de apoio, atualizado, para a disputa pela presidência da Câmara com Arthur Lira.
São, até aqui, 11 partidos, que, em tese, somam 281 deputados.
O grupo divulgou uma espécie de manifesto. O candidato não foi anunciado. Nas últimas horas, Baleia Rossi se tornou o favorito.
O texto é um claro contraponto à candidatura de Arthur Lira, apoiado por Jair Bolsonaro.
Eis a íntegra:
“Amigas e amigos,
É inegável a projeção que a Câmara dos Deputados ganhou nos últimos dois anos. E é premente entender o porquê disso. Certamente há vários motivos, mas acreditamos que existe uma razão principal.
Ganhamos relevância porque nos tornamos a fortaleza da democracia no Brasil; o território da liberdade; exemplo de respeito e empatia com milhões de cidadãos brasileiros.
Porque enquanto alguns buscam corroer e lutam para fechar nossas instituições, nós aqui lutamos para valorizá-las. Enquanto uns cultivam o sonho torpe do autoritarismo, nós fazemos a vigília da liberdade. Enquanto uns se encontram nas trevas, nós celebramos a Luz.
Este grupo que hoje se apresenta tem muitas diferenças, sim. Porque, diferente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático.
Para manter a chama da democracia acesa, a Câmara deve ser livre, independente e autônoma, garantindo a nossa sintonia maior, com a sociedade e com o povo brasileiro.
Esta não é uma eleição entre candidato A ou candidato B. Esta é a eleição entre ser livre ou subserviente; ser fiel à democracia ou ser capacho do autoritarismo; ser parceiro da ciência ou ser conivente com o negacionismo; ser fiel aos fatos ou ser devoto de fake news.
É por isso que hoje nos unimos!
Nos fortalecemos na diferença, no respeito às instituições e na liberdade. A Câmara vai escolher se será companheira de um projeto de poder que menospreza as instituições e que por inúmeras vezes sugeriu o fechamento desta Casa, ou se será livre para defender e aprofundar a nossa democracia, preservando nosso compromisso com o desenvolvimento do país.
Certamente, Ulysses Guimarães estaria deste lado aqui e talvez repetira em alto e bom som: eu tenho ódio e nojo das ditaduras.
Somos a União da Democracia e da Liberdade!”
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