Bill Maher diz que não vai “odiar previamente” Trump
Apresentador de "Real Time" evita críticas antecipadas e sugere que especialistas falharam
Bill Maher, um dos humoristas e comentaristas mais influentes dos Estados Unidos, declarou que não irá “odiar previamente” o governo do presidente eleito Donald Trump, mesmo sendo conhecido por sua posição política de esquerda e suas críticas contundentes a figuras conservadoras. Apresentador do programa “Real Time”, da HBO, Maher é uma voz central no debate cultural e político americano, famoso por combinar humor ácido e análise crítica.
Na última sexta, 22, Maher surpreendeu ao afirmar que dará uma chance à administração de Trump, que chamou a si mesma de “disruptiva”.
“O país precisa de uma mudança radical, algo como um tapa na cara”, afirmou. “Não é quem eu escolheria para liderar essa transformação, mas o sistema está inchado e os especialistas nos deixaram nesta situação paralisada e constipada.”
Maher, que frequentemente defende pautas progressistas, ponderou que a burocracia excessiva e a falta de eficácia governamental também precisam ser enfrentadas. Ele afirmou que não adotará uma postura de rejeição automática ao novo governo, preferindo aguardar os primeiros passos dos “disruptores”: “Vamos ver o que eles podem fazer”, afirmou.
O apresentador também admitiu que Trump estava correto ao defender uma solução negociada para a guerra entre Rússia e Ucrânia. Maher mencionou que o governo Biden escalou tensões ao permitir que a Ucrânia utilize mísseis americanos contra o Kremlin, um movimento que considera arriscado.
Maher fez ainda uma comparação com a recente luta entre o youtuber Jake Paul e o veterano Mike Tyson, dizendo que, embora o público tenha criado expectativas irreais, o resultado já era previsível: “A diferença de forças era evidente, e o mesmo ocorre na guerra na Ucrânia.”
Apesar de sua longa trajetória como crítico da direita americana, Maher tem defendido a necessidade de colocar o bem da nação acima da polarização. Em um momento de tensões políticas extremas nos EUA, ele busca reforçar o diálogo e um ceticismo pragmático sobre as escolhas políticas, como a possível nomeação de Robert F. Kennedy Jr. para liderar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos: “Precisamos sacudir o sistema.”
Mesmo sendo uma figura alinhada à esquerda, ele frequentemente critica excessos do próprio campo político, destacando a importância de priorizar o interesse nacional acima de divisões ideológicas.
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