O ministro e corregedor-geral eleitoral do TSE Benedito Gonçalves entregou para o ministro Raul Araújo a responsabilidade pela fase final de coleta de provas da Ação de Investigação Eleitoral impetrada pelo PDT contra Jair Bolsonaro em relação ao discurso feito pelo ex-presidente na 77ª Assembleia Geral da ONU.

Na prática, essa será a primeira ação que pede a inelegibilidade de Jair Bolsonaro a ser relatada por um ministro considerado aliado do ex-chefe do Poder Executivo.

Em despacho publicado nesta segunda-feira, o ministro Benedito Gonçalves informou que os pedidos relacionados às provas testemunhais desse processo ficarão a cargo do seu sucessor.

“Em razão do iminente término de meu mandato como Corregedor-Geral Eleitoral, é prudente reservar a meu sucessor o exame desta prova, uma vez que, caso deferida, a audiência ocorrerá sob sua relatoria”, disse o ministro.

“Abstenho-me, igualmente, de dispor sobre diligências complementares, que poderão ser oportunamente avaliadas por meu sucessor”, acrescentou.

Nesta ação, o PDT argumenta que Jair Bolsonaro cometeu crime eleitoral ao ter utilizado um evento da ONU para promover seu governo e utilizá-lo de forma eleitoreira.