Beira-Mar e Marcinho VP são transferidos de presídios federais
A Polícia Penal Federal realizou uma operação sigilosa para transferir líderes do Comando Vermelho, a maior facção do Rio de Janeiro, e outros detentos apontados como chefes de facções para presídios federais. Entre os transferidos estão os criminosos conhecidos como Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP e Mano G...
A Polícia Penal Federal realizou uma operação sigilosa para transferir líderes do Comando Vermelho, a maior facção do Rio de Janeiro, e outros detentos apontados como chefes de facções para presídios federais. Entre os transferidos estão os criminosos conhecidos como Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP e Mano G.
De acordo com informações obtidas pela CNN Brasil, Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar, foi escoltado de avião do presídio de Campo Grande (MS) para Mossoró (RN). Já Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, seguiu o caminho inverso, sendo transferido do Rio Grande do Norte para o Mato Grosso do Sul.
No total, a operação da Polícia Penal Federal movimentou 11 internos que cumprem pena no regime fechado, quase todos pertencentes à cúpula da facção carioca. Batizada de operação Próta, a ação contou com a participação de 100 agentes e também passou pelo presídio federal de Catanduvas (PR).
Além dos líderes do Comando Vermelho, Gelson Lima Carnaúba, conhecido como ‘Mano G’ e apontado como um dos chefes da Família do Norte (FDN), maior facção da região norte do Brasil, também foi transferido de um presídio federal para outro.
Por que eles foram transferidos de presídios?
Segundo integrantes do Sistema Penitenciário Federal ouvidos pela CNN, esse rodízio de custodiados é uma medida adotada pela Polícia Penal Federal como parte da rotina de segurança das unidades prisionais. Essa estratégia de inteligência penitenciária visa desarticular as organizações criminosas por meio do rodízio periódico de presos entre as penitenciárias federais.
A operação foi mantida em sigilo devido à alta periculosidade dos detentos e à posição de liderança que ocupam nas organizações criminosas. Sua execução envolveu um alto grau de complexidade e risco, sendo planejada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
As transferências de Fernandinho Beira-Mar
Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi o primeiro a ser transferido para o Sistema Penitenciário Federal. Ele chegou à penitenciária de Catanduvas (PR) na madrugada do dia 19 de julho de 2006 e desde então nunca mais saiu da esfera federal.
Antes de sua transferência, Fernandinho Beira-Mar estava detido na sede da Polícia Federal em Brasília desde 23 de março daquele ano. O pedido de transferência foi feito pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e autorizado por um juiz da 1ª Vara Criminal de Curitiba, cujo nome não foi divulgado por questões de segurança na época.
A vida de Beira-Mar no tráfico de drogas
Fernandinho Beira-Mar começou no mundo do crime ainda jovem. Aos 20 anos, ele trabalhava como vapor para traficantes na Favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde nasceu. Com o tempo, ele assumiu o controle da favela e se tornou um dos maiores traficantes de drogas no atacado do Brasil.
Sua notoriedade aumentou quando investigações da CPI do Narcotráfico confirmaram sua importância no esquema de venda de drogas no país, alcançando a cifra de R$ 16,5 milhões entre 1995 e 1998.
Marcinho VP, o chefe do Comando Vermelho
Quanto a Marcinho VP, Márcio dos Santos Nepomuceno foi apontado pelas autoridades fluminenses como chefe do Comando Vermelho. Segundo a polícia do Rio de Janeiro, ele liderava as bocas-de-fumo do Complexo do Alemão e foi condenado por diversos crimes, incluindo homicídio qualificado e formação de quadrilha.
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