A base governista no Senado pretende protocolar, na próxima semana, uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), após ele falar sobre um suposto plano para tentar grampear o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O colegiado está sem funcionar desde setembro de 2019, mas a ideia agora é retomar as atividades do Conselho de Ética o quanto antes, após a indicação das lideranças partidárias. A expectativa é que a instância que analisa a conduta ética dos senadores volte à atividade no final de fevereiro.

Desse novo Conselho de Ética, devem participar ex-integrantes da CPI da Covid, como o hoje líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL).

Na representação, os senadores vão argumentar que Do Val prevaricou ao saber de um suposto golpe de estado e não adotou providências para denunciá-lo. Outra questão que será argumentada diz respeito às constantes mentiras que ele vem contando sobre o episódio e sobre a sua participação em um suposto plano para tirar Moraes da relatoria dos processos sobre os atos antidemocráticos.