Barusco e a mochila de Vaccari
Pedro Barusco foi interrogado hoje como réu no mesmo processo em que figura Marcelo Odebrecht. No vídeo da audiência, reproduzido pelo Estadão, o delator conta que tomou conhecimento de detalhes da propina repassada ao PT quando teve contato com João Vaccari Neto...
Pedro Barusco foi interrogado hoje como réu no mesmo processo em que figura Marcelo Odebrecht. No vídeo da audiência, reproduzido pelo Estadão, o delator conta que tomou conhecimento de detalhes da propina repassada ao PT quando teve contato com João Vaccari Neto.
Em determinado momento, ele explica por queo codinome de Vaccari era “Moch”. “Porque ele andava sempre com uma mochila”, disse. “A gente achava que era para carregar dinheiro.”
A mochila foi apreendida com Vaccari em março, mas só tinha um caderno com rabiscos e uma agenda em branco. Nenhuma anotação sobre o 1% de propina que, segundo Barusco, foi drenado do pacote de US$ 22 bilhões em navios-sonda que a Sete Brasil encomendou a cinco estaleiros.
O delator contou que ele, Renato Duque e Vaccari combinaram a seguinte divisão de pagamentos: “O Keppel (Fels, estaleiro) paga uma parte para o partido até R$ 4 milhões e meio, depois paga Casa 1 e 2. O Enseada do Paraguaçu, o Atlântico Sul e o da Engevix pagam para o partido e o Jurong paga integralmente para as Casa 1 e 2.”
Só para lembrar, “Casa 1” se referia a executivos da Petrobras e “Casa 2” aos da Sete Brasil.
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