Barroso reafirma segurança das urnas, mas admite necessidade de aperfeiçoamento
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, anunciou há pouco que dos 29 planos de ataque às urnas eletrônicas durante a semana de testes, cinco deles encontraram "achados", ou seja, algum ponto que pode ser aperfeiçoado. Em maio, esses mesmos casos serão analisados novamente...
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, anunciou há pouco que dos 29 planos de ataque às urnas eletrônicas durante a semana de testes, cinco deles encontraram “achados”, ou seja, algum ponto que pode ser aperfeiçoado. Em maio, esses mesmos casos serão analisados novamente.
“Nenhum deles grave. Um alívio. Ninguém conseguiu invadir o sistema a ponto de oferecer risco para o resultado das eleições. Não houve ataques bem sucedidos”, disse Barroso em coletiva.
O primeiro “achado” que mais chamou a atenção de Barroso foi o da Polícia Federal, que ultrapassou a rede de transmissão e conseguiu entrar na rede do TSE.
“Eles conseguiram entrar dentro da rede do TSE, mas não conseguiram chegar ao sistema de votação. Ou seja, é um ataque importante que temos que encontrar mecanismos de bloquear, mas não é grave, porque só consideramos grave o que tem a potencialidade de alterar o voto do eleitor. E nenhum teve essa potencialidade”, disse.
Segundo o ministro, embora não seja grave, o caso é considerado relevante. “Só consideramos grave algo que pode mexer no resultado. E nada até agora se apresentou com esse potencial, mas é relevante”, reforçou.
Um outro “achado” diz respeito ao painel da urna. “A urna tem um painel e houve um ataque que consistiu no acoplamento falso sobre o painel da urna. Esse painel acoplado é incapaz de votar, mas não interfere no resultado, e é capaz de quebrar o sigilo do voto. Para que isso seja feito, é preciso que alguém entre com o painel sob as vestes e consiga colocá-lo na urna e que um novo eleitor retire. Situação bastante improvável, mas vamos pensar alguma medida que possa minimizar o risco”, afirmou Barroso.
O terceiro ataque conseguiu desembaralhar o boletim de urna. “Difícil de explicar. O boletim contém o extrato da urna. Por tradição, as informações do boletim de urna são embaralhadas e desembaralhadas quando chegam ao TSE. O investigador conseguiu enviar isso sem embaralhamento. Consequência? Nenhuma. Os boletins são públicos. Estamos cogitando tirar esse embaralhamento por não ter utilidade”, disse.
Um quarto achado pulou uma barreira de segurança na rede de transmissão, mas parou na entrada da rede do TSE. “O fato de ter conseguido pular essa linha é uma preocupação e os técnicos vão estudar para evitar”, disse.
O quinto ataque foi ao fone de ouvido para eleitores que tenham deficiência visual. Em um desses testes, conseguiu conectar via Bluetooth, chamando a atenção na vocalização e transmissão. “O impacto afetaria votos de pessoas com deficiência visual. Além disso, uma pessoa teria que acoplar um equipamento na parte que fica visível para os mesários. Situação contra factual, mas vamos pensar uma solução ou alertar aos mesários”, afirmou.
O objetivo da Corte era descobrir possíveis vulnerabilidades na urna eletrônica a tempo de serem corrigidas para o próximo pleito. Dessa forma, dos 29 planos de ataques apresentados pelos grupos, apenas cinco deles foram concluídos com achados relevantes.
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