Barroso nega anular buscas da PF em gabinete do líder do governo no Senado
Roberto Barroso negou pedido para anular busca e apreensão realizada pela Polícia Federal em gabinetes do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB)...
Roberto Barroso negou pedido para anular busca e apreensão realizada pela Polícia Federal em gabinetes do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB).
Segundo o ministro, não foi demonstrada a apreensão de documentos sem conexão alguma com os fatos investigados e nem foram indicados objetos cuja apreensão pudesse colocar em risco a atividade parlamentar. Para o ministro, não ocorreu abuso ou arbitrariedade por parte da Polícia Federal.
Bezerra foi alvo da Operação Desintegração, que apura supostas propinas de R$ 5,5 milhões de empreiteiras à época em que ele foi ministro da Integração do governo Dilma.
Durante a ação, a PF afirma ter reunido elementos apontando Bezerra como verdadeiro dono de uma concessionária da Jeep, que foi indicada por delatores como destinatária de propinas ao parlamentar, que também teria atuado pela concessão de benefícios fiscais à marca.
Barroso disse que a suspeita foi reforçada por diálogos entre o senador e seu primo, que foram verificados em um dos celulares apreendidos.
Foi encontrado ainda arquivo chamado “Doadores Ocultos” em um dos computadores apreendidos e que fazem referência a pagamentos destinados a empresas citadas na investigação e relação de doadores de campanha política. “Finalizada a perícia, verificou-se que, de fato, havia elementos relevantes para a investigação nas mídias apreendidas”, escreveu Barroso.
“As especificações constantes da decisão por meio da qual autorizei a busca e apreensão tinham por objetivo evitar que a medida cautelar promovesse interferência indevida nos gabinetes no Senado Federal. Essa finalidade foi plenamente atingida, na medida em as autoridades policiais foram bastante cautelosas na seleção e apreensão do material, bem como na apresentação das respectivas justificativas”, disse.
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