Luís Roberto Barroso disse hoje não ver uma crise institucional no país, embora haja, segundo ele, “deficiências democráticas aqui e ali”. Referindo-se à manifestação golpista do último dia 19, o ministro disse que ela foi “bastante minoritária e que enfrentou uma reação vigorosa da sociedade”.

“Logo em seguida mais gente do Supremo se manifestou, imprensa, entidades de classe. Da esquerda à direita, todo mundo manifestou reação àquele tipo de proposta. Tanto que o presidente da República, no dia seguinte, fez um reajuste de voto, como dizemos no Supremo”, disse, numa entrevista pela internet ao site jurídico Jota.

“O Legislativo funciona com altivez e independência, o Judiciário funciona com altivez e independência. Verdade seja dita, as decisões de um e de outro são cumpridas pelo Executivo. E acho que as Forças Armadas já superaram as tentações do passado. E nos últimos 30 anos, se tem um lugar de onde não veio notícia ruim no Brasil, foi das Forças Armadas, com comportamento exemplar”, concluiu.

Questionado depois sobre o futuro da Polícia Federal, disse que “não tem razões para presumir nesse momento que as pessoas que vão ocupar os cargos vão praticar desvio de função”.

“Mas penso que uma nação um pouco assustada está prestando atenção.”