O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, criticou a resposta dada pelo Hospital Sírio-Libanês sobre o estado de saúde do lobista Marcos Tolentino. Ele prestaria depoimento ontem à comissão, mas apresentou um atestado assinado por um médico ligado ao hospital, alegando problemas de saúde.

Um dia antes da data do depoimento, Tolentino deu uma entrevista a O Antagonista. Os senadores exibiram mais uma vez um trecho da conversa.

“Eu esperava que eles me mandassem um negócio muito mais consistente. Tolentino se internou no final da tarde. Oito horas da noite ele estava dando uma entrevista para o site O Antagonista, por vídeo, sorridente, como se nada tivesse acontecendo. Se interna à tarde e de noite está sorridente”, disse Omar.

O presidente da CPI leu a carta enviada à comissão pelo Sírio-Libanês.

“Destacamos que o referido paciente aguarda avaliação das equipes institucionais de retaguarda do Hospital Sírio-Libanês, nas especialidades de clínica geral, cirurgia geral e psiquiatria.”

Segundo ele, a justificativa do hospital não faz sentido.

“O cara entrou com coceira. Entrou dizendo que estava com formigamento. Aí, fala que estava esperando cirurgia geral e psiquiatria. Me desculpa, diretor geral do Sírio Libanês, mas isso não é uma resposta para alguém que entrou com formigamento e 20h está dando uma entrevista.”