Aumento na conta de luz: Governo volta a acionar bandeira vermelha em setembro
Decisão anunciada pela Aneel nesta sexta-feira, 30, implica uma cobrança adicional na tarifa de energia elétrica para o mês de setembro de 2024.
Diante do cenário de agravamento da estiagem no país e da redução nos níveis dos reservatórios, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu acionar novamente a bandeira tarifária vermelha, o que implica em um aumento significa de R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos na conta de luz.
Bandeira Vermelha na conta de luz: Aumento significativo
A decisão anunciada pela Aneel nesta sexta-feira, 30, implica uma cobrança adicional na tarifa de energia elétrica para o mês de setembro de 2024.
A bandeira vermelha aumenta os custos de famílias e empresas, resultando em um preço mais alto da energia.
O consumo médio em uma residência urbana brasileira gira em torno de 150 kWh a 200 kWh, o que torna esse aumento especialmente significativo.
A ativação da bandeira vermelha acontece em função de um cenário de geração de energia mais cara.
Devido à seca severa na região Norte do Brasil, usinas hidrelétricas importantes estão produzindo menos energia. Isso obriga o acionamento de usinas termelétricas nos horários de pico, que têm custos operacionais mais altos.
Estiagem agrava a tarifa e causa aumento na conta de luz
Mais da metade dos estados brasileiros enfrenta o pior período de seca em 44 anos, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
A última vez que o governo acionou a bandeira vermelha foi em agosto de 2021, durante uma crise hídrica.
Em setembro de 2021, a Aneel criou a bandeira “escassez hídrica”, a mais cara até hoje, para lidar com a situação extrema da seca e sua consequência na geração de energia pelas hidrelétricas.
A bandeira “escassez hídrica” permaneceu vigente até abril de 2022, quando foi substituída pela bandeira verde, sem cobrança adicional.
Valores atualizados das bandeiras tarifárias
Em março de 2024, a Aneel aprovou uma redução de até 37% nos valores das bandeiras tarifárias. Com isso, os preços foram ajustados conforme descrito abaixo:
Bandeira verde: sem custo extra, quando há condições favoráveis para a geração de energia.
Bandeira amarela: condições menos favoráveis, com redução de 37% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado, ou R$ 1,88 a cada 100 kWh.
Bandeira vermelha patamar 1: condições desfavoráveis, com redução de 31% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 44,63 por MWh utilizado, ou R$ 4,46 a cada 100 kWh.
Bandeira vermelha patamar 2: condições muito desfavoráveis, com redução de 20% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 78,77 por MWh utilizado, ou R$ 7,88 a cada 100 kWh.
Próximos meses
Com a seca persistente e a consequente baixa dos reservatórios das hidrelétricas, o cenário de bandeira vermelha pode se estender pelos próximos meses.
O acionamento de usinas termelétricas continuará sendo uma necessidade cara para atender à demanda de energia, sobretudo durante os horários de pico.
Os consumidores devem se preparar para um impacto contínuo no valor das contas de luz enquanto a situação dos reservatórios não for normalizada.
A adoção de medidas para economizar energia pode ajudar a mitigar os custos adicionais durante esse período desafiador.
Economize energia durante a bandeira vermelha
Para enfrentar o aumento na tarifa de energia, algumas dicas práticas podem fazer a diferença:
- Evitar o uso de ar-condicionado e aquecedores elétricos.
- Desligar aparelhos eletrônicos da tomada quando não estiverem em uso.
- Optar por iluminação de LED, que consome menos energia.
- Utilizar eletrodomésticos eficientes, como geladeiras e máquinas de lavar com selo de eficiência energética.
- Reduzir o tempo de banho e optar por chuveiros elétricos mais eficientes.
Manter a atenção ao consumo e adotar práticas de economia de energia podem ajudar a conter os impactos financeiros durante o período de bandeira vermelha.
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