Aumento das apreensões de cigarros eletrônicos no Brasil
O Brasil enfrenta um aumento nas apreensões de cigarros eletrônicos, impactando a saúde pública e a segurança nacional.
Já nos primeiros meses de 2024, o Brasil registrou um aumento notável nas apreensões de cigarros eletrônicos. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mais de 300 mil unidades foram confiscadas até o momento. Esse número já supera o total de apreensões feitas em 2023. A maior parte dessas apreensões ocorreu no Paraná, estado que faz fronteira com o Paraguai, conhecido como um ponto chave para o contrabando desses dispositivos.
De acordo com Fernando Cesar Oliveira, Superintendente da PRF no Paraná, o aumento se deve, em parte, à localização estratégica do estado. “A proximidade com o Paraguai, um grande fornecedor desses produtos ilegais, facilita o contrabando,” explica Oliveira. Apesar da proibição vigente desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os cigarros eletrônicos continuam sendo encontrados facilmente no mercado ilegal brasileiro.
Por que as Apreensões de Vapes Estão Crescendo no Brasil?
Segundo um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEC), houve um crescimento de 600% no número de consumidores de dispositivos para fumar eletrônicos de 2018 a 2023. Esse crescimento reflete não só a popularidade crescente dos vapes, mas também destaca a extensão do mercado ilegal, que continua a prosperar apesar das restrições legais.
Impacto Fiscal e Segurança Pública
O contrabando de cigarros eletrônicos não apenas fomenta uma economia paralela, mas também está ligado ao crime organizado. “Frequentemente, os mesmos grupos envolvidos no contrabando de cigarros eletrônicos também estão envolvidos no tráfico de drogas e armas,” alerta Oliveira. Além disso, estima-se que o Brasil perca cerca de R$ 5 bilhões anualmente em receitas fiscais devido a esse comércio ilegal.
Debate Legislativo Sobre a Regulamentação dos Vapes
Atualmente, tramita um Projeto de Lei no Senado Federal que busca regulamentar a venda e o consumo de cigarros eletrônicos no país. A senadora Soraya Thronicke, autora do projeto, argumenta que a regulamentação traria benefícios fiscais e aumentaria a segurança dos consumidores. “É essencial controlar esse mercado para proteger a saúde pública e garantir a segurança de todos os brasileiros,” afirma Thronicke.
Enquanto o debate continua, as autoridades seguem atentas às operações ilegais e trabalham para conter o crescimento desse mercado. Com o debate sobre regulamentação em andamento, o futuro dos dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil ainda é incerto, mas está claro que o tema seguirá sendo de enorme relevância para a saúde pública e segurança nacional.
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