Até o ChatGPT sabe que Moraes é suspeito
O Antagonista questionou o ChatGPT, ferramenta de inteligência artificial da OpenAI, se um ministro do Superior Tribunal de Justiça poderia julgar alguém que atentasse contra a vida dele, como ocorreu com o ministro Alexandre de Moraes, do STF...
O Antagonista questionou o ChatGPT, ferramenta de inteligência artificial da OpenAI, se um ministro do Superior Tribunal de Justiça poderia julgar alguém que atentasse contra a vida dele, como ocorreu com o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Eis o que o ChatGPT respondeu:
“No Brasil, se alguém comete um crime contra um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o caso normalmente seria julgado pelo próprio STF. No entanto, o ministro vítima do crime seria impedido de julgar o caso, por ser parte diretamente envolvida. Nesse cenário, o caso seria julgado pelos outros ministros do STF, assegurando a imparcialidade do julgamento. A Constituição e as leis brasileiras estabelecem procedimentos claros para garantir que todos os julgamentos sejam justos e imparciais, mesmo em situações onde um membro do próprio tribunal é parte interessada. Se um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil agir de maneira contrária à Constituição, como julgar um caso no qual é parte interessada, ele pode estar sujeito a um processo de impeachment. O processo de impeachment de um ministro do STF é regulamentado pela Lei 1.079/1950 e pela Constituição Brasileira.”
Questionado se o ministro, ao contrariar a Constituição e julgar o caso, seria passível de processo de impeachment, o ChatGPT respondeu:
“Sim, se um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil agir de maneira contrária à Constituição, como julgar um caso no qual é parte interessada, ele pode estar sujeito a um processo de impeachment. O processo de impeachment de um ministro do STF é regulamentado pela Lei 1.079/1950 e pela Constituição brasileira.”
Até o ChatGPT sabe que Moraes é suspeito para julgar os responsáveis pelos atos de 8 de janeiro, que, segundo o ministro do STF, planejavam prendê-lo e enforcá-lo na praça dos Poderes, em Brasília.
Mesmo assim, Rosa Weber designou Moraes para relatar o processo sobre as invasões aos três Poderes no STF, desrespeitando o princípio do juiz natural e a livre distribuição dos processos.
“O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, falou assim: ‘quem é que vai cuidar desse processo, dessas investigações?’, […] e Rosa Weber falou assim: ‘o Alexandre toca o processo. O Alexandre é o relator’. [Lira] insistiu mais uma vez, disse ‘olha, pode haver reação na política se for o Alexandre de Moraes, se não houver um sorteio entre os ministros’, e ela [Rosa Weber] falou ‘o Alexandre vai ser o relator’. [Moraes] mostrou que era a pessoa certa na hora certa, e muita gente tomou a decisão certa na hora certa para vencer o golpe”, afirmou a colunista Miriam Leitão na Globonews.
A entrevista de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que os manifestantes mais exaltados do 8 de janeiro defendiam que ele fosse “preso e enforcado na Praça dos Três Poderes”.
“Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, disse Moraes.
Perguntamos no Papo Antagonista:
Como Moraes pode ser relator de um inquérito se ele próprio diz ser alvo de um plano de enforcamento pelos réus?
Ora, em nome da defesa da “democracia” contra o golpe, criou-se uma licença jurídica-política-midiática para solapar a democracia.
— Felipe Moura Brasil (@FMouraBrasil) January 5, 2024
Leia também:
Quem planejou matar Moraes e quais são as provas desse plano?
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