Ataques a Cármen Lúcia “ultrapassam os limites civilizatórios”, diz Rosa Weber
A ministra Rosa Weber (foto), presidente do STF, classificou como “abjetos” os ataques do ex-deputado Roberto Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia. Em nota, a magistrada afirmou que condutas covardes “são inadmissíveis em uma...
A ministra Rosa Weber (foto), presidente do STF, classificou como “abjetos” os ataques do ex-deputado Roberto Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia.
Em nota, a magistrada afirmou que condutas covardes “são inadmissíveis em uma democracia, que tem como um de seus pilares a independência da magistratura”.
“Não há como compactuar com discurso de ódio, abjeto e impregnado de discriminação, a atingir todas as mulheres e ultrapassar os limites civilizatórios”, acrescentou.
Roberto Jefferson, que cumpre prisão domiciliar, xingou Cármen Lúcia e a comparou a “prostitutas”. Em vídeo publicado na sexta por sua filha Cristiane Brasil, o ex-deputado comentava uma decisão do TSE que concedeu direitos de resposta a Lula em canais da Jovem Pan.
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Eis a íntegra da nota de Rosa Weber:
“O Supremo Tribunal Federal manifesta seu veemente repúdio à agressão sórdida e vil, expressão da mais repulsiva misoginia, de que foi vítima a Ministra Cármen Lúcia em função de sua atuação jurisdicional, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral.
Condutas covardes dessa natureza são inadmissíveis em uma democracia, que tem como um de seus pilares a independência da magistratura. Não há como compactuar com discurso de ódio, abjeto e impregnado de discriminação, a atingir todas as mulheres e ultrapassar os limites civilizatórios.
A Ministra Cármen Lúcia, magistrada de notável saber jurídico e reputação ilibada, ilumina o Supremo Tribunal Federal com sua inteligência, talento, isenção e competência. Sem dúvida, continuará, independente e serena, na defesa intransigente da Constituição, sempre com o respaldo e admiração de seus pares e da comunidade jurídica.
O Supremo Tribunal Federal manifesta, ainda, a esperança de que os princípios que regem a Constituição Cidadã façam aflorar na sociedade brasileira o espírito democrático e a tolerância que o momento eleitoral exige.”
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