Associações judaicas cobram posição contra o nazismo de governadora interina de SC
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Associação Israelita Catarinense (AIC) pediram nesta quarta-feira (28) que a governadora interina de Santa Catarina, Daniela Reinehr, se manifeste sobre o que pensa em relação ao nazismo...
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Associação Israelita Catarinense (AIC) pediram nesta quarta-feira (28) que a governadora interina de Santa Catarina, Daniela Reinehr, se manifeste sobre o que pensa em relação ao nazismo.
Na coletiva de imprensa de sua posse, na segunda-feira (26), Reinehr foi questionada sobre se concordava com seu pai sobre o nazismo.
O professor José Altair Reinehr leciona história, e, segundo um jornalista, negou o Holocausto em sala de aula: “No começo da sua fala, a senhora agradeceu sua família. Seu pai, como professor de história, pregava em sala de aula o negacionismo do Holocausto judeu, inclusive utilizando livros de uma editora que foi condenada por contar mentiras sobre a Segunda Guerra Mundial. Agora que a senhora é governadora de Santa Catarina, a gente quer saber qual é a sua posição, se a senhora corrobora com essas ideias neonazistas e negacionistas sobre o Holocausto”.
Reinehr respondeu: “Eu realmente não posso responder, ser julgada ou condenada por aquele ou esse pensamento. Eu respeito, volto a dizer, eu respeito as pessoas, independente do seu pensamento, eu respeito os direitos individuais, e qualquer regime que vá contra o que eu acredite, contra esses elementos que eu disse, eu repudio. Existe uma relação e uma convicção que move a mim e a todos os senhores que se chama família. E me cabe, como filha, manter a relação familiar em harmonia, independente das diferenças de pensamento”.
A Conib e a AIC pediram que a governadora interina “demonstre de forma inequívoca sua rejeição às ideias que levaram ao extermínio de 6 milhões de judeus inocentes, além de outras minorias e adversários políticos e provocaram uma guerra que devastou a humanidade”.
“A governadora deve, de forma veemente, manifestar sua repulsa ao negacionismo da tragédia que foi o Holocausto”, pede a nota.
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