Assessor do bolsonarista Gil Diniz é autor de “denúncia anônima” contra Arthur do Val, diz MBL
Depois que a militante Camila Abdo publicou em site bolsonarista que Arthur do Val (Patriota-SP) foi alvo de “notícia crime, anônima” por suposta prática de “rachadinha” e por ter “funcionário fantasma” em seu gabinete na Alesp, líderes do Movimento Brasil Livre acessaram o arquivo em PDF do requerimento ao Ministério Público de São Paulo e descobriram que...
Depois que a militante Camila Abdo publicou em site bolsonarista que Arthur do Val (Patriota-SP) foi alvo de “notícia crime, anônima” por suposta prática de “rachadinha” e por ter “funcionário fantasma” em seu gabinete na Alesp, líderes do Movimento Brasil Livre acessaram o arquivo em PDF do requerimento ao Ministério Público de São Paulo e descobriram que ele foi registrado por um assessor de um político rival.
Bruno Andre Ferreira Costa de Jesus, lotado como secretário especial parlamentar no gabinete do ex-assessor de Eduardo Bolsonaro e deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP), o “Carteiro Reaça”, “esqueceu” de tirar o nome do registro da notícia de fato, segundo Renan Santos, do MBL, que acusou o “procedimento criminoso que essa turma opera”.
“Com base num factoide, eles começam a atacar nas redes sociais e destroem eventualmente a vida e a imagem de uma pessoa inocente, só para obter dividendos políticos”, disse Renan em vídeo, destacando o engajamento da militância bolsonarista que colocou uma hashtag contra Arthur entre os assuntos mais comentados do Twitter.
“É o procedimento de gerar um fato falso, fazer um ‘spin’, que é gerar uma notícia com isso, e dessa notícia você começa a girar com influenciadores, usa os ‘bots’ e destrói a reputação”, completou, anunciando ainda que o movimento montou uma força-tarefa de advogados para identificar e processar todos os envolvidos e oferecer as informações do caso à CPMI das Fake News e ao inquérito do STF que apura fake news, ofensas e ameaças contra ministros da Corte, no qual Gil Diniz já é investigado.
Arthur também reagiu no Twitter contra Diniz:
“Tentou se esconder, né, covarde? BATE DE FRENTE, BUNDA MOLE!”
O bolsonarista respondeu:
“Meus assessores devem ser os melhores do mundo, diferente dos seus, Arthur do Val! Se essa informação for verdadeira: vou promover meu assessor!”
Renan comentou:
“O imbecil do Carteiro Reaça tá tirando onda pra disfarçar, mas esquece o básico: seu assessor cometeu CRIME com essa denúncia caluniosa com fins políticos. Pior: ativou o gabinete do ódio e a rede de notícias falsas nesse procedimento. Mirou Arthur, acertou seu chefe.”
Defensora de Flávio Bolsonaro nas redes sociais, Camila Abdo, a militante para a qual a “denúncia anônima” foi repassada, era assessora no gabinete do deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL-SP), onde foi promovida após ligação do filho 01 do presidente da República, como revelou Crusoé em outubro de 2019. Depois da matéria, ela declarou que pediu exoneração: “Entreguei o crachá.”
Inicialmente, sua postagem no blog “Estudos Nacionais” destacava de modo distorcido no título – e assim foi compartilhada pela militância bolsonarista – que Arthur foi “denunciado” por “rachadinha” e uso de funcionário fantasma, quando, na verdade, uma notícia de fato em tramitação no órgão difere de uma ação penal proposta pelo MP. Após as reações, o trecho do título foi alterado para “alvo de notícia crime”.
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